De Brest até Paris. 21 dias de competição, centenas de localidades, milhares de quilómetros, milhões de fãs. Sobre o alcatrão, Alpes, Pirenéus, Campos Elísios e tinta, muita tinta para escrever o nome de tantos craques. Um alguidar de enormes e variadas expectativas abençoa a 108.º edição da Volta a França, que se inicia no próximo sábado, dia 26 de junho.
Mais não seja pela dimensão da competição gaulesa, unanimemente reconhecida em todo o mundo, o trunfo na manga da caravana de 23 equipas, dirigida por Christian Prudhomme, envolve-se num cartaz em muito prometedor de um grande espetáculo, a par de um percurso que contará com duas explosivas etapas iniciais, Tourmalet, Mount Ventoux (duas vezes), Portet, Colombière e muito mais.
O tal espetáculo, sempre badalado no sentido tático e vistoso da palavra, tem sido um termo que pouco se relaciona com esta corrida, isto sobretudo se compararmos o produto final das últimas edições com outras grandes voltas. Obviamente, não influencia a reputação da mesma, que encontra muito mais do que o já referenciado ás de ouro(s) proveniente da Eslovénia dentro de um baralho repleto de ciclistas de grande nível.
Luzes, câmara, ação. Mathieu Van der Poel fará a sua estreia, Mark Cavendish está de volta à prova, Ineos Grenadiers e até a Movistar prometem contrariar os blocos com chefia eslovena… Beneficia o adepto, beneficia o Tour, beneficia o ciclismo. O desfecho final da última edição desta prova trouxe um dos momentos mais épicos da história da modalidade – um prelúdio desta magnitude que servirá de alimento para os “esfomeados” que vibram, que se emocionam, que vivem para os grandes dias de Tour -.
A última bolacha deste pacote compreende o plantel inteiro em prova, os dias D, o circo estratégico e a imensidão de vetores derivados do mediatismo da grande Volta a França. Está quase, está quase, e acredite que há muito por descobrir!