Volta à Catalunha | Ineos pulveriza concorrência em terras catalãs

    A camisola de líder era agora envergada pelo inglês. O ritmo diabólico e a gestão de esforço revelaram-se essenciais, mas a capacidade para mudar de ritmo foi também um ponto chave para alargar a vantagem sobre tudo e todos. João Almeida falhou na missão de manter o primeiro lugar, é certo. Contudo, foi uma bela etapa do português. Puxou a carruagem até onde conseguiu e depois ressentiu-se nos quilómetros finais, finalizando a etapa a 46 segundos de Yates e na terceira posição da classificação geral.

    A etapa quatro, também com chegada em alto, seria então o primeiro teste à liderança da formação de Dave Brailsford. Os 18.6 quilómetros a 6.3% de pendente média revelaram-se um teste respeitável, porém, quase que perfeitamente controlável. Se a etapa três teve um pendor ofensivo assinalável, o ritmo imposto pela Ineos foi verdadeiramente penoso para aqueles que pensavam mexer na corrida prematuramente. Contudo, um homem conseguiu destacar-se dos demais.

    Esteban Chaves saiu do grupo ainda com sete quilómetros para o fim. Adam Yates e os restantes companheiros reagiram em bloco, mantendo a curta distância para o colombiano e preservando a posição dos seus homens na geral, beneficiando da quebra de João Almeida para colocar três homens nos três primeiros lugares.

    O teste montanhoso prejudicou a posição de João Almeida, que caiu para sétimo na geral. Nota para as prestações positivas dos jovens Harm Vanhoucke, Lucas Hamilton e Sepp Kuss. Destacar ainda Hugh Carty, Simon Yates, Michael Woods e Wilco Kelderman, para além dos experientes Nairo Quintana e Alejandro Valverde.

    Com as principais dificuldades ultrapassadas, os três testes que faltavam não ofereciam tanto espaço para mexidas drásticas. Como seria de esperar, a ligação entre La Pobla de Segur e Manresa, até pelo perfil acidentado da etapa, culminou no sucesso de uma extensa fuga. Entre muitos ciclistas de perfil idêntico, venceu um alemão que promete dar que falar no futuro. Lennard Kamna destacou-se dos adversários, com Rubén Guerreiro a finalizar na segunda posição e Mikel Bizkarra em terceiro.

    A primeira para a Bora-Hansgrohe chegava em grande estilo, mas a segunda não ficou atrás. Peter Sagan foi o mais forte em Mataró, batendo Daryl Impey e Juan Molano num sprint em ligeira ascensão. O talento eslovaco voltou a triunfar, assinando a primeira de 2021 em grande estilo e a segunda da equipa na competição, tudo isto antes do último dia de Volta à Catalunha.

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    Ricardo Rebelo
    Ricardo Rebelohttp://www.bolanarede.pt
    O Ricardo é licenciado em Comunicação Social. Natural de Amarante, percorreu praticamente todos os pelados do distrito do Porto enquanto futebolista de formação, mas o sonho de seguir esse caminho deu lugar ao objetivo de se tornar jornalista. Encara a escrita e o desporto como dois dos maiores prazeres da vida, sendo um adepto incondicional de ciclismo desde 2011.