A pergunta que deve ter ficado na cabeça de qualquer um tem resposta: 61 anos. Exatamente, temos de recuar um pouco mais de seis décadas para obtermos um feito comparável na Volta à Catalunha. “Podium Sweep” como gostam de chamar os ingleses, ou, em bom português, três ciclistas da mesma equipa a terminarem nos três primeiros lugares da classificação geral de uma competição. Aconteceu em 1960, com as cores da formação espanhola da Ferrys, e voltou a suceder-se em 2021, com a assinatura da Ineos Grenadiers.
Em meados do século passado, o trio espanhol composto por Miguel Poblet (1º), José Pérez (2º) e Emilio Cruz (3º) terminou a competição catalã nos três lugares da frente, colocando a fasquia num patamar muito difícil de ser repetível. Irrepetível, no entanto, é que não foi. Um resultado similar e que se tornou bastante mediático sucedeu-se anos mais tarde, e embora não tenha sido numa competição por etapas, a famosa Mapei-GB finalizou o Paris-Roubaix de 1996 com três homens no pódio: Johan Museeuw (1º), Gianluca Bortolami (2º) e Andrea Tafi (3º).
It’s not every day you get to lock out a podium 🔥
A Grenadier for each step, but an incredible team effort from all our riders and staff to back them up at #VoltaCatalunya100 pic.twitter.com/x6yBAuW2NW
— INEOS Grenadiers (@INEOSGrenadiers) March 28, 2021
Agora, no denominado conceito de ciclismo moderno, a proeza não deixa de ser incrível e até mesmo histórica, sobretudo porque estamos a falar, inequivocamente, de um resultado extraordinário para a formação britânica, que, este domingo, pôde finalmente celebrar a presença de Geraint Thomas (3º), Richie Porte (2º) e Adam Yates (1º) no pódio final da centésima edição da conceituada Volta à Catalunha.
Foto de Capa: Ineos Grenadiers