Na etapa seguinte, a quinta etapa, mais um teste exigente para os ciclistas, com novo final em alto. Quase 180 quilómetros desde Boticas até chegarem ao Minho, com uma passagem pelas excelentes paisagens do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Também irão passar pelo centro de Viana do Castelo e terminarão com uma subida de praticamente 4 km’s e onde qualquer “pedalada em falso” irá fazer a diferença.
Antes do dia de descanso, iremos ter a sexta etapa com 182,7 quilómetros entre Braga e Fafe com a manutenção do famoso Salto da Pedra Sentada, troço do Rali de Portugal e passagem bastante exigente para todos os ciclistas, tal como se viu no ano passado. A inovação igualmente aparece com a inclusão de uma contagem de montanha de primeira categoria no Monte de Viso (que não aparecia na prova desde 2008), a cerca de 50 quilómetros da meta e com rampas com inclinação bastante acentuada. Antes do final, nova subida com uma quarta categoria em Golães e que poderá fazer a diferença para quem já vier desgastado das subidas anteriores. Sem dúvida, tem tudo para ser uma das melhores etapas da prova.

Fonte: cyclingandthoughts.blogspot.pt
Após o dia de descanso, a corrida volta em Lousada, rumando a Santo Tirso, com mais um final a subir. Nesta sétima etapa, irão passar por várias localidades bem conhecidas de alguns dos ciclistas, o que poderá ser importante para o espetáculo dentro e fora da corrida. Nestes quase 162 quilómetros, teremos, então, a ascensão final com pouco mais de 7 quilómetros e num local em que, novamente, se poderão fazer diferenças importantes entre os homens da geral.
A oitava etapa irá dar um pouco de descanso às pernas dos ciclistas favoritos a vencerem a prova, pelo menos comparado com as etapas anteriores, tendo uma ligação com quase 160 quilómetros entre Gondomar e Oliveira de Azeméis, com o final a ter uma longa reta até à meta – ainda que apresente um pouco de inclinação. Ainda assim, iremos ter 3 subidas categorizadas ao longo da etapa, com também metas volantes pelo caminho. A tal pequena inclinação no final poderá levar a que alguns homens da geral tentem intrometer-se pela vitória frente aos designados sprinters.
A penúltima e nona etapa desta 79.ª edição irá ter aquela que é considerada a etapa rainha desta Volta a Portugal, mesmo com a ausência de um final na mítica Torre, ponto mais alto de Portugal Continental. Estes 184,1 quilómetros entre a Lousã e a Guarda irão ser muito exigentes para todos os ciclistas, principalmente pelas 6 contagens de montanha que irão apanhar. A subida à Torre irá ocorrer, mas sensivelmente a meio da etapa e com a única subida de categoria especial desta prova a pertencer-lhe.
A colocação da Torre nesta fase até poderá levar a algumas jogadas táticas bastante interessantes por parte de várias equipas, principalmente na colocação de homens na fuga e da possível ocorrência de ataques no grupo dos favoritos muito antes do final da meta. Os últimos quilómetros irão ter subidas com pouca inclinação, mas que poderão ser decisivas para o desfecho desta Volta, principalmente pelo desgaste acumulado nas montanhas anteriores da etapa.
Por fim, teremos a 15 de Agosto a última e décima etapa desta prova e que esperamos que esteja ainda tudo em aberto para o espetáculo ser maior e melhor para todos. Iremos ter um contrarrelógio final com pouco mais de 20 quilómetros e percorrido pelas ruas de Viseu. Será um esforço individual relativamente plano, mas mais curto do que em anos recentes e que poderá ser de ajuda para alguns ciclistas que não se dão tão bem com este tipo de corrida contra o tempo. A zona mais técnica no final será de igual importância para quem irá tentar vencer a etapa e, possivelmente, a Volta a Portugal 2017.