Pela primeira vez desde 2006, o troféu relativo ao vencedor da Volta ao Algarve ficou em casa. De João (Cabreira) para João (Rodrigues), o título voltou a conhecer um dono português, e logo um filho da terra. O farense da W52 / FC Porto, João Rodrigues, superiorizou-se a Ethan Hayter e Kasper Asgreen e conquistou a 47.ª edição da Volta ao Algarve.
Ocasionalmente organizada no início de maio – por força da situação pandémica na região durante o mês de fevereiro -, a competição portuguesa de ciclismo mais bem cotada na hierarquia competitiva da UCI não contou com o usual leque de grandes nomes, mas nem por isso deixou de ter espetáculo e momentos emotivos durante os cinco dias de prova.
A maior vitória na carreira do atleta de 26 anos sucedeu-se depois de uma luta interessante com um talento emergente da Ineos Grenadiers: o jovem de 22 anos Ethan Hayter e um Kasper Asgreen alavancado por um contrarrelógio irrepreensível. A completar as consagrações no pódio, Sam Bennet, com duas vitórias em etapa, arrecadou a camisola dos pontos. A camisola para o melhor trepador foi entregue a Luís Fernandes da Rádio Popular Boavista. Sean Quinn, da Hagens Berman Axeon, foi o vencedor da classificação dos jovens.
Noutros aspetos importantes da corrida, destaque para a veia vitoriosa da Deceuninck Quick-Step, através de Sam Bennet e Kasper Asgreen; A prova consistente de ciclistas como Jon Aberasturi, Élie Gesbert, Sebastián Henao, Jonathan Lastra, para além dos titulados Sean Quinn e Luís Fernandes; A performance apagada ou longe das expectativas de nomes como Iván Sosa, Lennard Kamna ou Pascal Ackermann.
Em termos de ciclismo luso, referir os resultados interessantes de Iuri Leitão e Rui Oliveira ao sprint, o contrarrelógio de grande nível por parte de Rafael Reis e a hegemonia nacional da W52 / FC Porto através das excelentes aparições de Amaro Antunes e Joni Brandão, para além da vitória do líder João Rodrigues, isto dentro do contexto português.