AUSTIN THEORY CONTINUA EM MISSÃO DE SALVAMENTO
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Se o combate entre Bálor e Styles beneficiava em ganhar uma velocidade, o triple threat pelo título dos Estados Unidos beneficiava de um ou dois momentos para respirar. O início do combate focou-se muito na superioridade física de Bobby Lashley sobre Seth “Freakin’” Rollins e Austin Theory.
Austin Theory foi apresentado como um oportunista, uma pessoa que lutava com inteligência e de forma metódica. A apresentação do antigo Mr. Money in the Bank até estava a ser bem feita, quando surgiu um pequeno erro na psicologia do combate. Num momento, Seth “Freakin’” Rollins preparava-se para esmagar as costelas de Bobby Lashley com as escadas de aço, mas Theory impediu que tal acontecesse. Um momento algo pequeno, mas que mina a inteligência que a WWE tentava incorporar na personagem de Theory.
Rollins não podia ganhar fora do ringue e estava a prestes a arrumar com Bobby Lashley, um adversário fisicamente mais forte. Theory teria parecido mais inteligente se simplesmente não se envolvesse na luta entre os dois, a não ser nos momentos-chave. O combate acabou com Austin Theory a ganhar o Título dos Estados Unidos pela segunda vez na carreira. Rollins preparava-se para aplicar um “falcon arrow” em Theory, quando Lashley aplicou um spear no “Visionary”, que acabou por cair com Austin Theory em cima, para concretizar o “pin” e conquistar a vitória.
Um final com paralelismo em relação ao “Heist of the Century”, no qual Seth Rollins se sagrou campeão mundial pela primeira vez, ao depositar a mala do “Money in the Bank” no “main event” da Wrestlemania 31, em 2015.
Nota do combate: 7,5/10
SAMI ZAYN É UM HOMEM DE FAMÍLIA
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O “main event” tinha uma questão dominante: seria Sami Zayn leal a Roman Reigns e à “Bloodline” ou estaria Jey Uso certo e o canadiano deveria ser excluído da família? Foi o ponto central de todo o combate, o que atraiu muita atenção para o clímax que foi a decisão do “Honorary Uce”. Contudo, tornou todos os lutadores dos “Brawling Brutes” e Drew McIntyre, meros peões para fazer a história principal avançar.
Em termos técnicos, o combate foi fantástico, com diversos momentos memoráveis, com 3 mesas a ser trespassadas, com as “Beats of the Bodhrán, em simultâneo por todos os elementos da equipa. Mas o mais memorável foi a dinâmica entre Jey Uso e Sami Zayn.
Existiram 5 momentos chave no que a esta história diz respeito: primeiro, quando Roman Reigns indicou Jey Uso como o primeiro homem da “Bloodline” a entrar no combate; quando o “Tribal Chief” impediu Jimmy Uso de avançar em segundo lugar para que Sami Zayn provasse a sua lealdade ao ajudar Jey, que estava em desvantagem; quando Jey e Sami se empurraram ao decidir quem ia montar uma mesa e até quando Jey Uso aplicou acidentalmente um superkick a Sami Zayn, contudo, sem apresentar remorsos.
Mas o momento mais importante foi aquele que marcou o final do combate. Kevin Owens aplicara o “stunner” em Roman Reigns, quando Sami Zayn impediu a vitória iminente do “Prizefighter”. Owens confrontara Sami Zayn no último Smackdown, com a escolha em relação à confiança que tinha na Bloodline. O “Great Liberator” tornou evidente a escolha que estava a tomar, quando aproveitou uma distração para aplicar um golpe baixo no antigo Campeão Universal.
Foi então que Jey Uso concretizou a vitória da “Bloodline”, ao fazer o assentamento em Kevin Owens. O Survivor Series acabou com a “Bloodline” vitoriosa e com um abraço de Jey Uso a Sami Zayn. O combate foi bom, mas a dinâmica do “War Games” ficou afetada pela vantagem, no que diz respeito às entradas, ter ficado do lado dos“faces”.
Nota do combate: 8/10