Itália com medalhas inesperadas | Esqui Alpino

    Concluídas as competições de paralelo, foi tempo dos 46.º’s Campeonatos do Mundo de Esqui Alpino, em Itália, transitarem para as provas técnicas, de forma a concluir-se o certame. Os palcos para estas competições foram, do lado masculino, a pista “labirinto” e, do lado das mulheres, foi a Olímpia de le Tofane, a receber as provas de Slalom Gigante e de Slalom. Foi também nesta fase final dos Mundiais, que se assistiu à representação lusa.

    No presente artigo, não só conferiremos os medalhados destas disciplinas, bem como daremos conta de como foi a representação nacional nas mesmas. Referindo ainda os destaques positivos e negativos ao longo de mais de 15 dias de competição, emoção e muitos momentos incríveis!

    Slalom Gigante Feminino

    Após estar em plano de destaque na velocidade e, quando se pensaria que viria ao Gigante apenas tentar a sua sorte, não é que a suíça, Lara Gut, voltou a fazer das suas? Pois bem, após ter impressionado na primeira manga, conseguiu ascender do terceiro melhor tempo, para acabar por suplantar as favoritas e levar o ouro para casa.

    Relegada para a prata, ficou a norte-americana, Mikaela Shiffrin, campeã olímpica em título desta especialidade que, tal como Gut, somou aqui a sua terceira medalha. Apesar de ter errado tecnicamente na primeira descida, pois creio que se não tivesse sido essa pequena mudança de aresta mais tardia, estaria em condições de dar mais luta à líder atual da Taça do Mundo.

    O bronze acabou por ser entregue à austríaca, Katharina Liensberger, que somava desta forma a segunda medalha, nesta sua participação, que não seria a última! Nomes como o da neozelandesa Alice Robinson, que fechou em quarto, ou o da polaca Maryna Gasienica Daniel, que terminou no sexto lugar, foram surpresas que quase se iam intrometendo nas medalhas. De referir que a atleta da Oceânia, conta com apenas 17 anos e é ainda a campeã do mundo júnior em título, visto que os mundiais de 2020, que deveriam ter sido realizados em solo norueguês, acabaram por ser adiados, devido à situação de pandemia.

    Pela negativa, voltou a evidenciar-se a transalpina Frederica Brignone, que após os insucessos na velocidade, terminou ainda prematuramente, logo à terceira “porta”, a competição na variante que dominara na vigente edição da Taça do Mundo. Desta forma provou que a época regular, nada tem que ver com as provas em âmbito de Mundiais, dado que estas sendo competições de apenas um dia e a duas mangas podem trazer alterações drásticas em relação aos diferentes momentos das atletas que  podem eventualmente estar num mau dia e assim ficarem arredadas da discussão das medalhas.

    A participação nacional era para ser inaugurada pela jovem Vanina Guerillot de Oliveira, que nasceu em Guimarães, mas que foi ainda jovem para França, onde reside. No entanto, a portuguesa acabou por rubricar um DNS (falhando a comparência na casa de partida) devido a uma pequena lesão nas costas contraída durante o aquecimento para a corrida.

    Slalom Feminino

    Na última prova dos Mundiais, no que às senhoras diz respeito, as derradeiras medalhas foram atribuídas, com a discreta Katharina Liensberger a superiorizar-se às demais, com uma segunda manga simplesmente memorável, a melhor da sua carreira, fechando com a medalha de ouro.

    Na prata terminou a eslovaca, Petra Vlhova, que falhou por um segundo o desejado degrau mais alto do pódio. No bronze com a quarta medalha: duas de bronze, uma de prata e uma de ouro, terminou a esquiadora com mais vitórias ainda em atividade, Mikaela Shiffrin, que findou a 1,98 do ouro. À partida estavam inscritas 107 competidoras, mas apenas 43, menos de metade das participantes, lograram cumprir o traçado nas duas partes da prova, tal ficou a dever-se à exigente pista que tiveram pela frente.

    Com um desses DNF, provas não terminadas, a pertencer à atleta nascida em Atães, concelho de Guimarães, Vanina Guerillot de Oliveira. Assim, viu os seus Mundiais terminarem sem tanto sucesso, quanto era aguardado, mas é importante realçar que esta é já a sua segunda participação em competições deste género, isto com apenas 18 anos.

    Artigo redigido por Diogo Rodrigues

    Foto de capa: FIS Alpine

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    Diogo Rodrigues
    Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.