Mais uma prova histórica na carreira de Granerud | Saltos de Esqui

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    Com o Raw Air altamente encaminhado a seu favor, mas a ser necessário sentenciá-lo em definitivo, era nestes termos que Granerud partia para a derradeira etapa do mini torneio. Com uma vantagem de cerca de 30 pontos face a Kraft, atuando em casa e num trampolim de voos de esqui , Halvor  parecia ter tudo do seu lado. Os atletas teriam pela frente o “monstro” de Vikersund uma estrutura de 240m cujo K-Point estava  localizado aos 200 e que via o seu record vigorar desde 2017, da autoria de Stephan Kraft, 253.5m, coincidentemente o máximo alguma vez voado! Numa dupla jornada que teve todos os ingredientes indispensáveis a uma competição de alta nota artística, eis os cinco momentos , que em nossa opinião, marcaram o final da sexta edição do Raw Air. Concordam?

    5. Hayboek parece voltar a ser um verdadeiro “tubarão”!

    Depois de viver nos últimos anos uma longa travessia no deserto, após ter sido um dos melhores austríacos nos tempos mais recentes, Michael  Hayboeck , finalmente, começa a ganhar ritmo e com isso vão surgindo os resultados. Mesmo ainda sem apresentar esse nível , o “ tubarão” de Anif vai mostrando toda a qualidade que já o levou  a estar na discussão por uma águia dourada com o seu companheiro, Stephan Kraft. No seio de uma seleção que vai respirando confiança, esse pode também ser um dos fatores para esta retoma de boas prestações por parte do veterano do país do esqui. Conseguirá ele manter este nível de um modo consistente, lutando por grandes coisas na próxima temporada?

    4. Ryoyu sem vencer parece convencer!

    Mesmo sabendo que está longe de ser um especialista na tão particular disciplina de voos de esqui, foi sempre com enorme tranquilidade, confiança, mas também com extrema regularidade que Koba foi cumprindo com o exigido! Longe de impressionar, foi aplicando toda a crença, espírito de sacrifício e garra, algumas das suas marcas registadas que alcançaria o quarto posto no torneio, bem como ascendenderia na geral global onde é presença entre o Top dez. Após um começo de campeonato muitíssimo titubeante foi já a meio que começou a revelar o estofo, precisão e assertividade que fazem dele o melhor atleta nipónico da história da modalidade. Será este ritmo para manter futuramente?

    3. Encontrado o novo “menino de ouro” austríaco nos Saltos de Esqui!

    Apesar de já ter merecido destaque pelo que fizera nos eventos anteriores alusivos a este torneio, é impossível não repetir os elogios feitos ao jovem de apenas 20 anos, Daniel Tschofenig. Possuidor de uma maturidade, responsabilidade e capacidade mental bem acima de alguém desta idade   é também a sua técnica de voo que o parece fadar a grandes triunfos, com este a provar ser um atleta todo-terreno, estando a grande nível tanto em estruturas gigantes quanto em K90.Contudo a minha grande questão é: poderá ele demonstrar uma consistência exibicional capaz de o colocar entre os candidatos à conquista da edição 2023/24 da Taça do Mundo ou devido à sua juventude ainda não terá estofo para aguentar seis meses de uma exigência tão grande?

    2. Super Kraft foi o único a desafiar domínio de Granerud

    Recordista deste verdadeiro colosso e um crónico favorito a vencer qualquer evento em voos de esqui, o baixinho Kraft voltou a exibir-se a alto nível! Sempre entre os da frente em todas as rondas, acabaria por rubricar o salto mais distante da dupla jornada em Vikersund, 246.5m, algo que mesmo assim não lhe permitiu bater o Viking! Segundo neste certame, foi também devido a grandes demonstrações de força aqui, que logrou ultrapassar Lanisek, instalando-se na terceira posição da geral global. Creio que mantendo esta “fome” o mais cotado dos austríacos ainda no ativo pode almejar, claramente, a discutir tanto o torneio Planica 7 como a revalidar algo que já lhe pertenceu, o globo de voos de esqui.

    1. Granerud igual a si próprio: intratável!

    Depois das “aulas” táticas de Oslo e Lillehammer, seria em Vikersund que o viking mostraria que os voos de esqui são mesmo a sua praia. Sempre a nível estrato-esférico ao longo de todas as rondas pontuáveis, sairia desta pequena localidade a 80Km de Oslo com mais dois troféus em carteira: o Raw Air, tornando-se o primeiro norueguês a levá-lo para casa ao fim de seis edições, bem como passou a ser o único saltador viking a colecionar dois globos de cristal. Começam a faltar palavras para descrever um dos mais geniais talentos que a história da modalidade já viu! Preparem os livros do Guiness, pois este senhor promete dar muito trabalhinho aos responsáveis por essas questões! A uma mão cheia de provas da conclusão do presente campeonato, conquistou-o com superior autoridade, contundência e aparente facilidade! Uma das maiores vantagens de sempre em termos pontuais!

    Com Granerud a ter vencido o prato gigante com cerca de 15 pontos de avanço sobre Kraft e com Lanisek a ser terceiro nestas contas, o atleta de Trondheim faria também a festa nas contas da geral, detendo mais de 400 pontos de avanço em relação a Kubacki, com Kraft a ser agora terceiro.

    A Taça do Mundo de Saltos de Esqui tem regresso marcado para Lahti, em solo finlandês, onde cumprirá o penúltimo fim-de-semana da presente edição.

     Até lá já sabe, fique bem, sempre na melhor companhia. Marcamos encontro?

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    Diogo Rodrigues
    Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.