Nem a pandemia deteve o Imparável Samurai | Saltos de Esqui

    Com a tónica do equilíbrio a manter-se inalterada, a fase inicial do segundo tramo de evento, em que o vento ia ajudando bastante à qualidade das marcas realizadas, era marcada por dois saltos bem distantes: o de Anze Lanisek, 130m, que o fariam ascender até à 20.ª posição e para o registo de Andreas Wellinger, com o atleta de Ruhpolding a voar impressionantes 139m que o fariam “trepar” até ao sexto posto, o seu melhor desempenho após ter colecionado incontáveis frustrações nos tempos mais recentes.

    Contudo, seria – e após um segundo salto no qual lhe bastou gerir a vantagem de cerca de dez pontos face a Granerud, rubricando 130m – que Stephan Kraft, ex-vencedor por duas vezes da Taça do Mundo de Saltos de Esqui e por uma do Torneio dos Quatro trampolins, quem arrecadaria a 22.ª vitória de uma gloriosa carreira.

    O austríaco teria a companhia no pódio de mais dois “monstros” deste desporto: Granerud que faria 137m na segunda tentativa somando a prata e de Stoch que com 133m assinava o primeiro pódio da época em mais de 40 rubricados ao longo da carreira.

    A fechar o top cinco Markus Eisenbichler e Karl Geiger, sendo que Eisi faria um segundo voo de 137m, ao passo que o líder na corrida ao grande globo de cristal averbaria menos dois metros, eles que seriam respetivamente quarto e quinto colocados.

    Ryoyu Kubayashi dava boas indicações no pós COVID-19 ao conquistar uma saborosa sétima posição. A fechar os dez melhores desta que era a primeira de duas provas individuais do fim-de-semana ficariam: Robert Johanson, Marius Lindvik e Jan Hoerl. Dececionando , bem longe dos postos cimeiros, terminariam Piotr Zyla e Daniel Andre-Tande, que não revelavam capacidade para corresponder às espectativas neles depositadas.

    No entanto, o maior “flop” desta segunda ronda era mesmo Manuel Fettner, que quem sabe acusando a pressão, deitaria tudo a perder com um segundo salto sob o K-Point, falhando inclusive o top 15. Agora já todos pensavam no dia seguinte no qual teriam de cumprir três saltos de boa valia!

    Com o dia a iniciar bem cedo, quem arrecadaria a vitória na qualificação para a prova a decorrer horas mais tarde era o nipónico Ryoyu Kubayashi realizando 137m. A vice-liderança, diga-se bastante, surpreendente estava na posse do suíço Killian Peier que totalizava 135m, menos um que o líder da geral Karl Geiger mais penalizado pelas condições das quais dispusera face ao rival helvético.

    A fechar os cinco melhores registos nota para os germânicos: Eisenbichler com 132m e para o militar Stephan Leyhe, com o número três dos alemães no decurso da temporada  vigente a ficar-se pelos 133m. Fora da prova, embora por motivos diferentes, ficariam o norueguês Anders Fannemel que registaria um salto de 105.5m e Kamil Stoch que se vira afastado do evento a contas com uma crise severa de sinusite, algo que após diagnóstico médico se revelou motivo para a ausência do atual detentor da “águia dourada”.

    No polo oposto, sendo enormes surpresas ao obterem lugares de qualificação tínhamos Dean Decker, Norte-americano que conseguia à justa, apenas com recurso a 113.5m, passaporte para a primeira competição por ele disputada em todo o campeonato até ao momento, o cazaque Sergey Tkachenko  e o turco Fatih Arda Ipcioglu que fazia história pela terceira vez , para um país ainda muito inexperiente nestas andanças.

    Com o portão 18 a ser o escolhido pela organização, era deste modo que decorreria uma ronda 1, em que a acumulação de neve nas calhas do trampolim deixaria os saltadores em grandes dificuldades para rubricarem marcas afirmativas. Quem conseguiria debelar da melhor forma esses constrangimentos seria Ryoyu Kubayashi somando 129.5m. A escassos pontos, averbando menos metro e meio estava Halvor Egner Granerud, seguido pelo compatriota Daniel Andre-Tande que efetuara 130m.

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    Diogo Rodrigues
    Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.