Apanhar as migalhas

    Com o fator altitude presente na mente de todos os pilotos, o Rali do México teve muitos percalços para todos. Ninguém se livrou de alguns sustos.

    No shakedown o mais rápido foi o britânico Kris Meeke, vencedor da edição de 2017 deste rali, seguido dos líderes do campeonato Thierry Neuville e do atual campeão do mundo Sebastien Ogier.

    A primeira especial foi a especial noturna citadina, em Guanajuato, com 2.3km. O mais rápido foi o piloto belga da Hyundai, Neuville. Em seguida seguia-se Ott Tanak, da Toyota Gazzoo Racing, que ficava a cerca de dois segundos. Ogier completava o pódio.

    Ott Tanak conseguiu o segundo tempo mais rápido na especial noturna citadina
    Fonte: WRC

    No dia seguinte, os problemas de Neuville começaram logo na primeira especial do dia. Problemas de combustível e de motor viram Kris Meeke, no Citroen C3 WRC, liderar o rali seguido de Dani Sordo (que regressou para este rali, após Haydon Paddon ter corrido no rali da Suécia com o Hyundai i20 Coupé WRC). Ogier continuava em terceiro. O nove vezes campeão do mundo, Sebastien Loeb, que regressava ao mundial de ralis cinco anos após a sua última prova, conseguia um quarto lugar. Na quarta especial a M-Sport viu reduzida a sua hipótese de fazer mais pontos para o campeonato de construtores, pois Elfyn Evans capotou o Ford Fiesta WRC, e, apesar de sair ileso, o seu navegador, Daniel Barritt acabou por ter que ir ao hospital. Na parte da tarde deste segundo dia, quem parecia estar a subir o seu ritmo era Loeb, que parecia cada vez mais rápido. Na Toyota, apesar de muitos problemas, a formação nipónica conseguia colocar Tannak em quarto e Jari-Mati Latvala em sétimo. Infelizmente o piloto mais novo da Toyota, Esapekka Lappi acabaria por capotar no último troço do dia.

    Terceiro dia e o piloto que substituiu Craig Breen na Citroen, Loeb, chegava ao segundo lugar, atrás de Sordo que parecia muito confortável. Mas na especial número onze, Loeb conseguia passar Sordo, passando a liderar o rali. Mais atrás, Tanak, Ogier e Meeke lutavam pela terceira vaga no pódio. Após liderar três especiais, Loeb furou e teve que trocar de pneu dentro da especial, perdendo a liderança do rali. Incrivelmente na mesma especial, Dani Sordo também furou. O piloto da Hyundai, apesar de não ter parado, perdeu tempo. Assim quem “apanhou” a liderança foi Ogier que a partir daqui nunca mais a largou e limitou-se a geri-la, apanhando assim as migalhas que os outros concorrentes lhe iam deixando. Assim a luta dos restantes lugares do pódio ficou para Meeke e Sordo, já que Andreas Mikkelson, que se situava em quarto da geral, nunca conseguiu ameaçar o pódio, mas também nunca perdeu para quem vinha na sua perseguição. Um rali um pouco desapontante para o norueguês, que não pareceu muito confortável com o seu Hyundai i20 Coupé WRC.

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