E-Prix de Berlim (Corrida 5 e 6): E é tudo, por agora

    CORRIDA 6: NA FÓRMULA E NÃO, POR FAVOR… 

    Para quem cobre Fórmula 1 e Fórmula E, é agradável fugir da primeira para a segunda para não ver um carro com a estrelinha de três pontas no nariz a dominar, mas na ronda final do campeonato de Fórmula E, em Berlim, foi isso que vimos, dois Mercedes a liderar o pelotão e a vencer, no primeiro ano da equipa na categoria.

    Stoffel Vandoorne foi o homem que liderou a dupla alemã para a vitória, seguido de Nyck De Vries, com Sebastien Buemi (Nissan) a fechar o pódio. A corrida em si foi mais uma boa demonstração do excelente nível de competitividade apresentado pela Fórmula E, com excelentes momentos e batalhas roda a roda.

    A batalha dos três lugares do pódio durou quase toda a corrida, com De Vries a saltar para a terceira posição logo na primeira volta e a levar a luta a Buemi.

    A luta pelo quarto lugar estava acesa, com René Rast (Audi) a liderar Robin Frijns (Virgin), Edo Mortara (Venturi) e Alex Lynn (Mahindra).

    A segunda ronda do Attack Mode viu a luta estratégica dos líderes, com Buemi a ser mais paciente e a ativar uma volta mais tarde do que os Mercedes, passando para a liderança. Nos 20 minutos finais, o segundo lugar na tabela de pilotos pertencia a Buemi, com o campeão de 2015/16 a dispensar de Vries do segundo lugar.

    Lucas Di Grassi (Audi) pareceu esquecer as corridas trapalhonas que teve antes e seguia num bom ritmo pela tabela, tirando a sexta posição a Lynn e Mortara, focando-se de seguida em Robin Frijns que não facilitou tanto a tarefa ao brasileiro, que nem com Attack Mode conseguiu passar.

    Vandoorne tinha a corrida no bolso com 1,5 segundos de vantagem a faltar dez minutos mais uma volta no relógio, mas o companheiro de equipa de Vries começou a atacar o segundo lugar de Buemi que, com menos energia, teria maiores dificuldades em segurar o Mercedes. Uma primeira tentativa na curva final viu Buemi a fechar a porta a de Vries, que, pouco depois, com uma excelente ultrapassagem, subiu para o segundo lugar, o que tirava Buemi de segundo no campeonato, e colocava Vandoorne como vice-campeão.

    Buemi terminou no terceiro lugar com Rast, Bird e di Grassi logo depois para fechar os seis primeiros, enquanto Vergne veio do fundo da grelha para o sétimo, mais uma ultrapassagem, e o segundo lugar na tabela de pilotos era seu. Lynn, António Félix da Costa e Mortara completaram os dez primeiros.

    A equipa da Mercedes conseguiu, graças a este resultado, saltar para o terceiro lugar da tabela, à frente da Virgin. Este é um resultado considerado razoável na maioria dos casos, mas desta vez é preciso ter em conta que este é o primeiro ano da Mercedes como equipa oficial. Conhecendo o ritmo de trabalho que apresentam na Fórmula 1, será difícil esperar menos do que excelência nos próximos anos.

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    Luís Manuel Barros
    Luís Manuel Barros
    O Luís tem 21 anos e é de Marco de Canavezes, tem em si uma paixão por automobilismo desde muito novo quando via o Schumacher num carro vermelho a dominar todas as pistas por esse mundo fora. Esse amor pelas 4 rodas é partilhado com o gosto por Wrestling que voltou a acompanhar religiosamente desde 2016.                                                                                                                                                 O Luís escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.