Este início foi o melhor que se conseguiu durante quatro anos, sendo que a equipa recuou sempre, até 2003, onde conseguiram 26 pontos e novamente quinto lugar. O melhor estava para vir, num ano em que a Williams e a McLaren criaram carros problemáticos e a Ferrari dominou com o F2004, a BAR conseguiu um fantástico segundo lugar no campeonato de construtores, alavancado pelas excelentes performances de Jenson Button.
A montanha russa japonesa continuava a fazer das suas, quando em 2005 voltam a cair para sexto lugar no campeonato, e foi este ano que marcou o fim da BAR na Fórmula 1. A Honda sentia já estar pronta para o desafio de gerir o próprio carro pela primeira vez desde os anos 60.
A temporada acabou por ser inconsistente, com o RA106 a ser um carro bastante bom a qualificar, mas com certas dificuldades durante a corrida. A performance foi melhorando durante a temporada, e o certo é que a Honda voltava a vencer no Grande Prémio da Hungria, nas mãos do também estreante do mundo das vitórias, Jenson Button. O final de 2006 foi positivo, com bastantes pontos e quarto lugar no campeonato. Tudo parecia apontar para um excelente ano de 2007…
Não vou estar com falinhas mansas, desde a pintura do “Earth Dreams” à performance o carro era horrível. Era tão mau, que o Super Aguri, que era basicamente o Honda de 2006, qualificou-se à frente deles na primeira corrida. Para 2008 a equipa trouxe Ross Brawn, uma clara declaração de intento, que com o investimento ao nível que a Honda estava a fazer, era certo que 2008 seria melhor…
Mas não, o carro continuava a ser mau, e por isso, muito cedo na temporada, foi tomada a decisão de apostar nas novas regras de 2009, e esquecer o desenvolvimento do carro atual. Contudo, em Dezembro de 2008, devido à recessão económica, a Honda tomou a decisão de abandonar a Fórmula 1, deixando cerca de 700 funcionários com bastantes dúvidas sobre o seu futuro. O “comprador” acabou por ser Ross Brawn, e o resultado, a Brawn GP, que com “coração” Mercedes, venceu o campeonato de 2009. Tão perto Honda…
Com as finanças já mais saudáveis, um novo projecto que trazia belas memórias estava no horizonte. Uma das marcas pioneiras na tecnologia híbrida de estrada, a apostar nos novos e complexos motores da Fórmula 1, os V6 Turbo-Híbridos, lado a lado com a sua velha parceira Mclaren. O hype era gigantesco, isto era a Honda, os génios da engenharia, eram eles que iam destruir a Mercedes, mas, infelizmente, apenas destruíram muitos dos próprios motores.