Antevisão GP Arábia Saudita: “Outsiders” encabeçados por Pérez esfregam as mãos

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A ANTEVISÃO: GRELHA FORA DO COMUM DEIXA ÁGUA NA BOCA PARA A CORRIDA NA ARÁBIA

A Fórmula 1 regressava às estradas citadinas e sinuosas de Jidá para mais um espectáculo de velocidade e coragem, neste traçado notoriamente desafiante. A primeira corrida de 2023, ganha de forma confortável por Max Verstappen (Red Bull) e marcada por desempenhos brilhantes do veterano Fernando Alonso e o então convalescente Lance Stroll nos Aston Martin, servira para afinar 18 miras a um alvo apenas: a Red Bull.

A primeira parte da Qualificação na Arábia Saudita foi algo atribulada, com piões para Nyck de Vries (AlphaTauri), Logan Sargeant (Williams) e o próprio Fernando Alonso, este a conseguir recuperar nas voltas seguintes para se posicionar em terceiro lugar. Eliminados ficaram desde logo os outros dois pilotos, bem como os seus respectivos colegas de equipa e ainda Lando Norris, aos comandos de um McLaren que parece em grandes dificuldades neste começo de época.

Já o Q2 trouxe a surpresa maior: a transmissão do Red Bull a dar aparentemente o suspiro final e Verstappen, o favorito, de fora e sem chance de retomar a qualificação, ficando por saber se a resolução do problema iria incorrer, também, numa penalização para a grelha de partida. Enquanto isto, três equipas iam batalhando pelos lugares no Top 3: a Red Bull (ainda, através de Sergio Pérez), a Aston Martin e a Ferrari, a equipa italiana sabendo já que Charles Leclerc iria sofrer penalização de dez lugares na grelha por substituir um componente do controlo electrónico da unidade motriz (pela terceira vez em duas corridas!).

Com Verstappen de fora, ao qual se juntavam os dois Haas e os dois Alfa Romeo, novos favoritos emergiam para a “pole”, e todos eles “latinos”: o mexicano Pérez e os espanhóis Alonso e Carlos Sainz, este podendo recorrer ao apoio de Leclerc no outro Ferrari. Primeira ronda de voltas: vantagem Pérez, colocando quase meio segundo de vantagem sobre Leclerc. O “rookie” Oscar Piastri ia rodando no Q3 e dando alguma consolação à McLaren, mas chegava o momento da decisão.

Alonso é o primeiro a cruzar a linha da meta, 1:28.730. Stroll de seguida no outro Aston Martin, 1:28.945. O penalizado Leclerc, um competitivo 1:28.420, mas ainda insuficiente para superar o Red Bull. Por fim Sainz, sem “boleia” do colega de equipa… Faz apenas 1:28.931 e deixa Pérez confortável, sem ter de melhorar o tempo de 1:28.265 para assegurar a “pole”!

A grelha provisória na Arábia Saudita ficava então com Pérez, Alonso, um surpreendente George Russell (Mercedes) e Sainz a preencher as duas primeiras linhas, com Verstappen a observar de longe o restante pelotão onde se inclui Leclerc. Tudo em aberto, por isso, para a corrida de domingo, com início marcado para as 17:00 de Portugal continental.

EQUIPA A TER EM CONTA

Aston Martin Aramco Cognizant F1 Team – Tem um piloto, veteraníssimo, na primeira linha da grelha e um “escudeiro”, ao que tudo indica completamente recuperado de lesão, no 5.º posto. Com Verstappen, da Red Bull, impossibilitado de intervir na estratégia durante o período inicial da corrida, a Aston Martin pode estragar a festa de Pérez. Para isso, tem de jogar bem todas as cartas à sua disposição, como costuma fazer… a Red Bull.

PILOTO QUE PODERÁ SURPREENDER

Max Verstappen (Oracle Red Bull Racing) – O bicampeão da modalidade era favorito para a Qualificação, mas sofreu mais um duro revés durante a sessão na Arábia Saudita, à imagem do que havia sucedido em 2021. Ainda assim, e mesmo que o problema na transmissão provoque penalização e o envie para a cauda do pelotão, Verstappen é o piloto em melhor forma na actualidade e está aos comandos do melhor carro da grelha. Dizer que vai ganhar posições não será necessariamente uma “surpresa”, mas chegar ao pódio será mais difícil. Para Verstappen, no entanto, não há impossíveis… Sobretudo numa pista rápida que favorece os motores Red Bull.

Carlos Eduardo Lopes
Carlos Eduardo Lopeshttp://www.bolanarede.pt
Concluída a licenciatura em Comunicação Social, o Carlos mudou-se para Londres em 2013, onde reside e trabalha desde então. Com um pai ex-piloto de ralis e um irmão no campeonato nacional de karts, o rumo profissional do Carlos foi também ele desaguar nas "águas rápidas" da Formula One Management, onde trabalhou cinco anos. Hoje é designer numa empresa de videojogos, mas ainda não consegue perder uma corrida (seja em quatro ou duas rodas).

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