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As contas por decidir em 2022 | Fórmula 1

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Abu Dhabi. Último Grande Prémio da época de 2022 de Fórmula 1. Max Verstappen (Red Bull), esse, já com as duas mãos no troféu mais cobiçado e, ainda assim, em busca de um degrau mais alto do pódio final para bater mais um recorde – o de mais vitórias numa única época. Todos os demais, porém, querem também dar provas nas 58 voltas “a valer” que restam, e pelas mais diversas razões. Quais são, então, os grandes motivos de interesse para a última corrida do ano, e quais as contas ainda por decidir?

Em primeiro lugar, é imperativo anotar o último Grande Prémio do tetracampeão do Mundo, Sebastian Vettel (Aston Martin). O alemão de 35 anos irá encerrar no domingo, caso a preparação corra de feição e salvo qualquer performance final surpreendente, uma carreira que se irá traduzir em 299 corridas disputadas, 53 vitórias e 122 pódios, além dos quatro títulos já referidos. Vettel, ao longo dos anos, tornou-se uma referência cada vez maior da modalidade também pela sua personalidade e presença fora do “cockpit”, o que deixará por certo um grande vazio na legião de fãs germânica, e não só.

Falando da presença alemã na modalidade, importa também destacar a notícia da saída de Mick Schumacher da Haas logo após este Grande Prémio, para ceder o lugar ao compatriota veterano Nico Hülkenberg. Uma decisão esperada, mas só esta quinta-feira confirmada por Günther Steiner e a equipa americana, que deixa o jovem piloto sem lugar fixo para a época de 2023 – a menos que a Williams faça uma proposta de última hora, o que parece neste momento improvável (Logan Sargeant é favorito a assumir a vaga). A dupla “mestre e aprendiz” de Vettel e Schumacher a abandonar, assim, o “circo” de mãos dadas.

Aos dois alemães juntam-se um australiano e um canadiano. Se por um lado Daniel Ricciardo (McLaren) cede, também ele, lugar a um compatriota em 2023 (Oscar Piastri), Nicholas Latifi (Williams) ainda não tem substituto definido. O cenário à data do abandono de ambos é bastante distinto: se por um lado Ricciardo deixa a porta aberta e para trás um legado de oito vitórias e 31 pódios, grande parte deles conseguidos ao serviço da Red Bull, já Latifi nunca conseguiu extrair o máximo de um Williams sem grande competitividade, o que o deixa, à partida para domingo, com apenas nove pontos conseguidos em três épocas e aparentemente sem vontade de voltar a tentar (deve rumar à Indy Car).

Feitas as despedidas, passamos então para as contas. Além do recorde de vitórias que Verstappen ainda tem na mira, a grande disputa de domingo vai para um lugar no campeonato de pilotos (2.º) e múltiplos lugares no de construtores. Eis os detalhes:

A situação que no ano passado se verificou com Lewis Hamilton (Mercedes) e Verstappen, que partiam para o último Grande Prémio em igualdade pontual, repete-se este ano, mas desta feita com o 2.º lugar em discussão e opondo Charles Leclerc (Ferrari) e Sergio Pérez (Red Bull). Ambos com 290 pontos, a conta aqui é relativamente simples: quem acabar na frente e dentro do Top 10 assegura o vice-campeonato, sendo que Leclerc tem vantagem no confronto directo por virtude de ter mais vitórias que Pérez na presente época.

Ainda a nível de pilotos, há mais lutas a decorrer até à bandeira de xadrez: Hamilton pode igualar o número de pontos do colega de equipa George Russell, ainda que para isso precise de vencer e que Russell não termine a corrida; Russell, por seu turno, pode “apanhar” o par que disputa o segundo lugar, apesar de para isso precisar da mesma (algo improvável) combinação de resultados; Carlos Sainz (Ferrari) precisa de seis pontos para ultrapassar Hamilton e encurtar a distância para o seu colega de equipa; a dupla da Alpine composta por Fernando Alonso (a caminho da Aston Martin) e Esteban Ocon vê-se separada por apenas cinco pontos, com vantagem para Ocon; e muito mais batalhas, internas e não só, que o pelotão irá querer travar pelos últimos pontos em oferta.

Passando para o Campeonato de Construtores, aqui as lutas assumem contornos tremendamente importantes do ponto de vista financeiro. Há ainda, realisticamente, quatro lugares finais por definir: o 2.º entre Ferrari e Mercedes (separadas por 19 pontos), o 4.º entre Alpine e McLaren (também 19 pontos), o 6.º entre Alfa Romeo e Aston Martin (cinco pontos) e o 8.º entre Haas e AlphaTauri (dois pontos). Tempo, por isso, de ir atrás do “pote de ouro”!

A adicionar a tudo isto, um “caldeirão em ebulição” final que pode explodir (para bem dos fãs do espectáculo) em 2023: a controvérsia interna na Red Bull que teve início nas voltas finais do GP do Brasil, conquistado por George Russell, e que viu Verstappen e Pérez travarem argumentos quanto a ordens de equipa (e colocou o 2.º lugar de Pérez no campeonato em risco). Será este o nascimento de uma nova rivalidade, e poderá o GP de Abu Dhabi colocar ainda mais “lenha na fogueira”? A corrida, absolutamente a não perder, tem início marcado para domingo às 13:00 de Portugal Continental.

Foto de Capa: Formula 1 

Carlos Eduardo Lopes
Carlos Eduardo Lopeshttp://www.bolanarede.pt
Concluída a licenciatura em Comunicação Social, o Carlos mudou-se para Londres em 2013, onde reside e trabalha desde então. Com um pai ex-piloto de ralis e um irmão no campeonato nacional de karts, o rumo profissional do Carlos foi também ele desaguar nas "águas rápidas" da Formula One Management, onde trabalhou cinco anos. Hoje é designer numa empresa de videojogos, mas ainda não consegue perder uma corrida (seja em quatro ou duas rodas).

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