Bem-Vinda de volta, McLaren! | Fórmula 1

    DUAS PAPAYAS NO TOPO DO BOLO, 11 ANOS DEPOIS

    A história do Renascimento da McLaren não foi operada por Leonardo Da Vinci ou Miguel Ângelo, mas sim por Zak Brown e companhia. A tarefa de tentar voltar a colocar a equipa nos patamares mais altos da modalidade não era nada fácil, principalmente num momento de aperto e enterrados num fosso de onde é difícil sair.

    Habituado ao asfalto e à emoção das corridas, pois Brown já tinha sido piloto em várias categorias, entrou nos escritórios para transformar a mentalidade vencedora, que estava ferida. Além disso, a passagem de testemunho das mãos de Ron Dennis poderia pesar, mas a equipa precisava de sangue novo na administração.

    Desde que os regulamentos mudaram e a Fórmula 1 começou a era híbrida, a McLaren nunca tinha sido competitiva. Os primeiros anos de Zak Brown também não foram nada fáceis, com problemas estruturais e “vícios” antigos que não faziam prever um futuro colorido para o grupo de trabalho.

    A contratação de nomes como James Key, Diretor Técnico, mais a jogada de conseguir trazer Andreas Seidl para o cargo de Diretor da Equipa foram certeiras. 2019 é um ano marcante para a mudança de chip na formação inglesa, porque o carro já ficou mais estável e conseguiu garantir a performance mais perto do desejado.

    A subida do jovem prodígio da Academia de Pilotos, Lando Norris e a contratação de Carlos Sainz Jr. deram o impulso necessário para melhores resultados. Em 2020, ambos conseguiram levar a McLaren ao terceiro lugar do Campeonato do Mundo de construtores, batendo a Scuderia Ferrari e ficando atrás da Red Bull e Mercedes AMG.

    Entretanto, Sainz partiu para uma aventura com a Ferrari e, para continuar o projeto de renascimento, chegou o experiente piloto, Daniel Ricciardo. A época de 2021 não começou nada bem para o australiano, mas, ao contrário do que muitos esperavam, deu a maior alegria à equipa em muitos anos.

    Até ao momento, na temporada, Lando Norris havia conseguido três pódios. Com a vantagem que conseguia face ao colega de equipa, era no jovem piloto britânico que se colocavam as fichas para ser a cara do regresso da McLaren às vitórias. Contudo, no Grande Prémio de Itália, em Monza, as contas foram todas trocadas, mas, no final das contas, ganhou a equipa.

    Daniel Ricciardo voltou a vencer uma corrida na Fórmula 1, três anos depois, e Lando Norris conseguiu o segundo lugar, o seu melhor resultado na categoria. Uma das melhores corridas dos últimos anos também foi o final de um processo penoso para uma equipa habituada a vencer.

    Agora, na reta final da época, nada é impossível e outro Grande Prémio do calibre de Itália pode abrir as portas a uma nova vitória. Quem sabe, desta vez, não será Lando Norris a conseguir a primeira vitória na mais alta categoria do Desporto Motorizado? O carro está afinado e o reatar do casamento com a Mercedes colocou a equipa num pedestal superior.

    Desde a estreia na Fórmula 1, nem tudo foram rosas para a McLaren. Ganhar sempre é impossível, mas sentia-se que o final da tormenta da última década estava próximo. O regresso às vitórias emocionou, mas agora é preciso voltarem ao trabalho para garantir que a próxima não demora tanto tempo a surgir. Bem-vinda de volta, McLaren.

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    Clara Maria Oliveira
    Clara Maria Oliveirahttp://www.bolanarede.pt
    A Clara percebeu que gostava muito de Desporto quando a família lhe dizia que estava há muito tempo no sofá a ver Curling. Para isso não se tornar uma prática sedentária, pegava na caneta e escrevia sobre o que via e agora continua a fazê-lo.                              A Clara escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.