Fórmula 1 | Chegou o salvador da Red Bull Racing?

    Chegou a notícia de que todos estávamos à espera na Fórmula 1. Sergio Pérez vai pilotar pela Red Bull Racing (RBR) em 2021. Assim, Alex Albon fica relegado para piloto de reserva e de testes da equipa, focando-se no desenvolvimento do carro de 2022 (altura em que os novos regulamentos entrarão em vigor na Fórmula 1).

    Na Red Bull Racing a situação de Alex Albon em 2020 não era fácil. Foi pedido ao tailandês para melhorar as suas performances, mas este não conseguiu. Apesar de dois pódios, Albon nunca foi capaz de estar perto de Max Verstappen, que em 2020 foi o único a conseguir dar luta aos Mercedes. Em números, Verstappen ficou sempre na frente na qualificação (17-0) e na corrida (12-5). Se retirarmos os DNF de ambos, é fácil notar que a RBR foi equipa de apenas um cavalo, um “cavalo holandês”.

    Depois de Pierre Gasly ter falhado na RBR, Helmut Marko e Christian Horner tiveram mais paciência com Albon. Não foi retirado da equipa a meio do ano (tal como Gasly), mas claramente não fez o suficiente para garantir o lugar de 2021.

    No final, e apesar da desilusão de perder o lugar permanente na Fórmula 1, Albon afirmou que o foco é agora 2022, dizendo que «dei tudo o que tinha, mas não foi o suficiente. Tenho de agradecer a todos os que me ajudaram este ano, especialmente aos adeptos tailandeses. Com todas as opiniões existentes, eu sempre tentei dar o meu melhor. Não vou desistir porque coloquei tudo nisto e não vou deixar que acabe por aqui. Tenho mais para dar e o meu foco será voltar em 2022 para poder agitar a bandeira tailandesa novamente».

    Pierre Gasly e Alex Albon nunca conseguiram estar perto de Max Verstappen. O holandês tem sido quase implacável desde que chegou à Red Bull Racing
    Fonte: Red Bull Racing

    Para Pérez, esta pode-se dizer que é a segunda oportunidade numa equipa grande, depois de ter passado uma temporada, em 2013, na McLaren. Na equipa de Woking as coisas não correram bem. Nessa altura, foi a primeira temporada da McLaren sem pódios desde os anos 80 e em termos de qualificações as coisas não correram melhor. No final, Pérez sai para a Force India, depois nomeada Racing Point, onde ficaria até 2020. Foi no “carro rosa” que conquista a sua primeira vitória na F1, no Grande Prémio do Sakhir, uma corrida onde na primeira volta estava em último e depois soube aproveitar a “desgraça” da Mercedes.

    A chegada de Pérez à RBR deve-se, essencialmente, à temporada de 2020 do mexicano. Depois de saber que não ficaria na Racing Point, que se transforma em Aston Martin para 2021 e tem Sebastian Vettel, Pérez andou a ‘cheirar’ a equipa austríaca e após a confirmação, Pérez afirmou: «A equipa tem uma mentalidade vencedora, tal como eu, e estou aqui para me mostrar. Tenho a oportunidade de correr por uma equipa que luta para vencer o campeonato e isso é algo que eu sempre quis desde que me juntei à Fórmula . Hoje é um momento de orgulho poder vestir as cores da Red Bull».

    Assim, a chegada de Pérez vem com a promessa de dar mais luta a Verstappen. 2020 foi o melhor ano do mexicano: conquistou a quarta posição no campeonato de pilotos, batendo o seu colega de equipa, Lance Stroll, 10-4 em qualificações e 8-5 nas corridas. Isto mesmo perdendo as duas corridas na Grã-Bretanha após testar positivo à COVID-19.

    Fonte: Formula 1

    Depois da RBR terminou 2020 no topo, espera-se que Pérez e Verstappen levem a luta aos Mercedes na próxima temporada, com a ajuda do ‘congelamento’ dos regulamentos (chassis é o mesmo, apesar de algumas diferenças aerodinâmicas nos carros).

    A pergunta do título é «Chegou o ‘salvador’?». Para mim, a chegada de Pérez serve para, primeiro, dar luta a Verstappen e segundo, conseguir pódios regulares para ajudar a equipa nos construtores também. A chegada de Pérez pode dar-nos o melhor Verstappen, com o mexicano a querer “morder os calcanhares” do holandês. Um bónus para a equipa é o facto de Pérez ser considerado alguém que desenvolve bem os carros, o que pode ajudar nos inícios mais lentos da RBR.

    Então, «Salvador?» Talvez. Para já o objetivo é pelo menos estar perto de Verstappen…algo que nem Gasly nem Albon fizeram.

    Foto de Capa: F1

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