As rodas e os pneus, por seu turno, vão também sofrer alterações – uma novidade testada já este ano em Imola pelo heptacampeão Lewis Hamilton.
A jante passa a 18 polegadas (em vez das 13 actuais) e os pneus terão uma construção mais estreita, o que irá reduzir o sobreaquecimento dos pneus e reduzir a carga aerodinâmica causada pela parte lateral dos mesmos, respectivamente.
A nível da unidade motriz, que na sua construção irá permanecer relativamente inalterada (V6 turbo de 1600 centímetros cúbicos e injecção directa), a grande novidade é a introdução do combustível “E10”.
Isto é, uma mistura de biocombustível que será composta por 10% de etanol, numa medida com vista à redução do impacto ambiental.
Haverá ainda mais componentes estandardizados, reduzindo os custos de produção e desenvolvimento (para responder à implementação dos novos tectos orçamentais), e mais sensores distribuídos pelas diversas áreas do motor para transmissão de dados entre as equipas, a FIA e a própria Fórmula 1.
O carro de 2022 será mais pesado, com o peso mínimo (790kg) a aumentar 5% em relação a 2021, mas mais seguro.
As lições aprendidas após o trágico acidente de Anthoine Hubert e o despiste “infernal” de Romain Grosjean serão integradas, respectivamente, sob a forma de um cone frontal mais longo e uma secção lateral mais robusta, e ainda um novo método de separação do motor e do tanque de combustível em caso de acidente.
Num detalhe curioso, a Fórmula 1 confirmou que foi inclusivamente estudada a hipótese de não incluir uma asa dianteira – uma medida revolucionária que ao que tudo indica parecia viável do ponto de vista técnico, mas que acabou por não ganhar “asas” por questões de segurança.
7500 simulações e dezenas de iterações depois, a Fórmula 1 chega então ao produto final.
Um monolugar que pretende revolucionar a todos os níveis e proporcionar mais duelos em pista.
Aliando-se com a missão de reduzir o impacto ambiental da modalidade e de dar aos fãs, agora em versão melhorada, o mais emocionante espectáculo motorizado do mundo.