Parte da emoção do fim de semana do Grande Prémio da Grã-Bretanha deveu-se à divulgação das primeiras imagens, e do modelo em tamanho real, do monolugar que vai ser pilotado pela turma de 2022 da Fórmula 1.
Com um desenho aerodinâmico bastante distinto daquele em vigor desde a última mudança regulamentar de relevo (2018), o objectivo do carro de 2022 é claro: promover melhores corridas, ao facilitar uma maior proximidade entre os carros em luta directa na Fórmula 1.
A introdução dos dispersores aerodinâmicos por cima das rodas dianteiras e das coberturas de pneus, bem como a revisão do desenho das asas dianteira (simples e plana) e traseira (pontas arredondadas) irão permitir que menos “ar sujo” siga na direcção do carro perseguidor e seja direccionado para cima e fora da área de impacto aerodinâmico.
Para além de menor turbulência e maior estabilidade em curva, esta alteração deverá também proporcionar ao carro perseguidor maior fiabilidade dos componentes do carro e menor desgaste nos pneus dianteiros.
Numa fase inicial, o sistema de DRS (asa móvel traseira) irá manter-se inalterado, mas a sua utilidade, e necessidade, será avaliada durante a época com vista a uma possível remoção em 2023.
Esse seria um sinal claro de que o esforço de possibilitar um menor impacto do fluxo de ar turbulento no carro perseguidor surtiu o efeito desejado.