GP Áustria: Assim está melhor, Ferrari

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    A CORRIDA: DEPOIS DE UMAS ÚLTIMAS CORRIDAS DESASTROSAS, LECLERC VOLTOU HOJE ÀS VITÓRIAS

    Não sei se se pode dizer que a Ferrari está de volta, mas, depois de umas últimas corridas em que, por um motivo ou por outro, a equipa italiana tinha saído com um sabor amargo, Charles Leclerc voltou hoje às vitórias. E a Ferrari podia ter terminado com os dois carros à frente de Max Verstappen, não fosse um problema que forçou o abandono de Carlos Sainz. O neerlandês beneficiou com isso e terminou em segundo, com Lewis Hamilton a ser terceiro pela terceira vez consecutiva.

    Na corrida sprint, tínhamos visto Verstappen a ir embora enquanto os pilotos da Ferrari lutavam um com o outro. Hoje, os de Maranello foram mais inteligentes. Verstappen arrancou bem e manteve a liderança, mas Leclerc foi com ele e Sainz teve de se preocupar com George Russell, com o espanhol a aguentar o terceiro posto. Russell foi depois pressionado por Sergio Pérez, com uma tentativa de ultrapassagem por fora a acabar mal para o mexicano, que fez um pião após contacto com o Mercedes. Russell foi penalizado em cinco segundos, Pérez foi às boxes trocar de asa, mas acabaria por abandonar.

    Na frente, Verstappen e Leclerc continuavam a lutar, com o neerlandês a avisar que não iria aguentar muito mais tempo. E assim foi. Na volta 12, o monegasco atacou por dentro na curva quatro e passou para a frente, com Verstappen a queimar bastante a travagem na tentativa de resposta e a ser chamado imediatamente à box, colocando pneus duros. O neerlandês apresentou bom ritmo após a paragem, chegando ao top-3 após a 18.ª volta, depois de ultrapassar Hamilton antes da curva quatro.

    Com Verstappen bastante mais rápido do que os dois da frente, a Ferrari parou Leclerc na volta 26 e Sainz na volta seguinte. E o monegasco não perdeu tempo a chegar perto do campeão do mundo, ultrapassando-o com DRS à saída da curva um. E com Sainz a aproximar-se, a Red Bull voltou a parar Verstappen, que, contudo, teve ainda menos ritmo com os novos pneus. Quando a Ferrari voltou a parar Leclerc, o piloto não precisou de muito tempo para ultrapassar Verstappen pela terceira vez na corrida. Tudo corria bem à Ferrari, até que os problemas começaram a surgir.

    Na volta 58, Sainz atacava Verstappen, procurando chegar ao segundo lugar, até que o Ferrari teve um problema de motor, com Sainz a ter de sair rapidamente do carro antes de ser apanhado pelo incêndio que deflagrou na traseira do veículo. O espanhol parou o carro num sítio relativamente fácil de ser retirado, com a direção de corrida a ativar o safety car virtual. Leclerc e Verstappen pararam ambos para meter pneus médios, com o monegasco a conseguir aguentar até à vitória final, apesar de se queixar de um problema com o acelerador.

    Hamilton acabou por ser terceiro, apesar de ter voltado a perder posição para Mick Schumacher, mas, assim que a recuperou, teve uma corrida solitária, aproveitando o azar de Sainz para conseguir mais um pódio. George Russell superou o incidente com Pérez e a subsequente penalização, ultrapassando o Alpine de Esteban Ocon depois do safety car virtual para ficar em quarto. O francês foi quinto, à frente de Mick Schumacher, com o sexto lugar a ser o melhor resultado da carreira do alemão.

    Lando Norris foi sétimo, apesar de uma penalização de cinco segundos por exceder limites de pista, com Magnussen a ser oitavo à frente do outro McLaren de Daniel Ricciardo. Fernando Alonso, que começou em 19.º após um problema no carro que o impediu de disputar o sprint, foi uma das figuras da corrida, terminando em décimo após ultrapassagens a Valtteri Bottas e Alex Albon no período pós-safety car. O espanhol está, contudo, a ser investigado por ter saído das boxes em condição insegura, com uma eventual penalização a promover Bottas aos pontos.

    Foto de Capa: Formula 1

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    Bernardo Figueiredo
    Bernardo Figueiredohttp://www.bolanarede.pt
    O Bernardo é licenciado em Comunicação Social (jornalismo) na Universidade Católica de Lisboa e está a terminar uma pós-graduação em Comunicação no Futebol Profissional, no Porto. Acompanha futebol atentamente desde 2010, Fórmula 1 desde 2018 e também gosta de seguir ténis de vez em quando. Pretende seguir jornalismo desportivo e considera o Bola na Rede um bom projeto para aliar a escrita ao acompanhamento dos desportos que mais gosta.