GP Catar: Isto vai até ao fim

    A CORRIDA: HAMILTON DOMINOU, VERSTAPPEN RECUPEROU E ALONSO REGRESSOU AOS PÓDIOS

    À semelhança do que tinha acontecido no Brasil, o Grande Prémio do Catar teve drama antes de começar. Max Verstappen (Red Bull) e Valtteri Bottas (Mercedes) tinham alcançado o segundo e terceiro lugares na qualificação, respetivamente, mas foi penalizados em cinco e três lugares por não respeitarem bandeiras amarelas (duplas no caso de Verstappen), com o neerlandês a começar em sétimo e o finlandês em sexto.

    No final de tudo, Lewis Hamilton (Mercedes) dominou a corrida, mantendo sempre a liderança, com Verstappen a recuperar e a acabar em segundo, e Fernando Alonso (Alpine) a voltar aos pódios sete anos depois, com o terceiro posto.

    A corrida de Hamilton não tem grande história. O britânico tinha Pierre Gasly (AlphaTauri) ao seu lado, mas arrancou bem e nunca mais foi perturbado. Verstappen arrancou bastante bem, subindo rapidamente ao quarto lugar, e ultrapassando Gasly e Alonso em voltas consecutivas com a ajuda do DRS (o espanhol tinha subido momentaneamente ao segundo lugar, com uma belíssima ultrapassagem ao francês, por fora).

    A partir daí, os dois candidatos ao título tiveram basicamente corridas solitárias, com Verstappen a ganhar tempo a Hamilton no início, mas a perder depois, e a ir à box para trocar de pneus primeiro do que o seu rival, mas com Hamilton a responder na volta seguinte e a sair à frente (isto aconteceu no primeiro e no segundo stint).

    Verstappen ainda aproveitou um safety car virtual tardio para conseguir o ponto bónus pela volta mais rápida, indo para as últimas duas corridas da época com oito pontos de vantagem sobre Hamilton.

    Em relação a Sergio Pérez (Red Bull que se tinha qualificado mal) e a Bottas, que arrancou mal, ambos estavam a recuperar bem, até que a tentativa de Bottas de apostar numa estratégia de uma só paragem resultou mal. À 34.ª volta, o pneu médio dianteiro esquerdo do finlandês furou, levando ao seu abandono umas voltas mais tarde.

    Já Pérez, que estava de regresso ao terceiro lugar, estava numa estratégia de duas paragens, ao contrário de Alonso, que só parou uma vez, levando ao pódio do espanhol. A Alonso ainda valeu o azar dos dois carros da Williams (ambos furaram, com Nicholas Latifi a abandonar mesmo a corrida, levando ao safety car virtual que negou a Pérez a tentativa de ultrapassar o espanhol.

    Pérez foi assim quarto, à frente de quatro carros que beneficiaram da estratégia de uma paragem: Esteban Ocon, no segundo Alpine, Lance Stroll da Aston Martin, e Carlos Sainz e Charles Leclerc, ambos da Ferrari. Lando Norris, da McLaren, desistiu dessa estratégia a sete voltas do fim e ficou-se pelo nono lugar, à frente do segundo Aston Martin, de Sebastian Vettel, que parou apenas uma vez.

    A Fórmula 1 regressa daqui a duas semanas, em Jeddah, na Arábia Saudita, para outro circuito novo, com várias lutas a começarem a ficar definidas (Ferrari cada vez mais à frente da McLaren, Alpine com uma vantagem que já pode ser decisiva sobre a AlphaTauri, que não pontuou), mas a principal, pelo campeonato de pilotos, ainda bem viva.

    Foto de Capa: Mercedes AMG-F1

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    Bernardo Figueiredo
    Bernardo Figueiredohttp://www.bolanarede.pt
    O Bernardo é licenciado em Comunicação Social (jornalismo) na Universidade Católica de Lisboa e está a terminar uma pós-graduação em Comunicação no Futebol Profissional, no Porto. Acompanha futebol atentamente desde 2010, Fórmula 1 desde 2018 e também gosta de seguir ténis de vez em quando. Pretende seguir jornalismo desportivo e considera o Bola na Rede um bom projeto para aliar a escrita ao acompanhamento dos desportos que mais gosta.