GP Grã-Bretanha: Três rodas chegam para Lewis Hamilton

A CORRIDA: 49 VOLTAS NA LINHA DO COMBOIO, MAIS TRÊS IMPRÓPRIAS PARA CARDÍACOS

Enquanto preparava esta análise da corrida, sintonizava o meu tom para um desagrado da corrida a que assistimos. Durante grande parte da mesma, vimos um comboio começado em Charles Leclerc (Ferrari) e que terminava em Sebastian Vettel (Ferrari). Lewis Hamilton e Valteri Bottas, levavam confortavelmente os seus Mercedes em primeiro e segundo lugar respectivamente, e em terceiro, estava Max Verstappen (Red Bull), num limbo sem velocidade para apanhar os homens da frente, mas bastante mais rápido do que quem vinha atrás. Tirando algumas ultrapassagens e um ou outro incidente que trouxeram o safety car à pista, pouco acontecia.

A partir da volta 49 da corrida, Valteri Bottas tem um furo no pneu dianteiro esquerdo, e começa a perder posições, deitamos as mãos à cabeça, é a oportunidade de ouro para Verstappen. Poucos segundos depois Lewis Hamilton começa a apresentar dificuldades, mas ainda sem furo, seguindo apenas bastante mais devagar que o normal. Max Verstappen pára, coloca pneus novos, com o simples objectivo de chegar à volta mais rápida para complementar o segundo lugar do pódio, agora que tinha deixado Bottas para trás. Imediatamente após esta paragem, Carlos Sainz (Mclaren) seguia em quarto e tem um furo no mesmo pneu que Bottas, e de seguida, o líder, Lewis Hamilton, aparece com o seu pneu furado.

Max Verstappen ainda tentou apanhar Lewis Hamilton, que na última volta mancava até à linha de chegada, mas terminou a corrida a cinco segundos do britânico, certamente a perguntar-se como teria sido se não tivesse parado.

No meio de todo este caos, um homem que não esperava um pódio hoje, e mais uma vez, com bastante sorte chegou lá, foi Charles Leclerc, que aproveitou ao máximo a desgraça da Pirelli para conseguir apenas o segundo pódio da Ferrari esta época. O australiano Daniel Ricciardo (Renault) viu-se “preso” atrás de Lando Norris (Mclaren) durante grande parte da corrida, mas foi capaz de ultrapassar o britânico nas últimas voltas, herdando o quarto lugar que pertencia a Carlos Sainz até aos problemas com os pneus, sendo Norris o único Mclaren a pontuar em quinto.

Esteban Ocon (Renault) teve uma das melhores batalhas da corrida com Lance Stroll (Racing Point), um dos pilotos que desiludiu na qualificação e na corrida, dado o potencial aparente do carro cor-de-rosa, terminando assim em sexto e nono respetivamente. O sétimo lugar ficou para o antigo homem da Red Bull, Pierre Gasly, com mais uma excelente performance, acima de Alexander Albon (Red Bull), o homem que o substituiu, e que sai de outra corrida em oitavo, mas com muitos pontos de interrogação relativamente a performance.

O último ponto, fica para Sebastian Vettel, que só com o caos final é que teve hipótese de chegar os pontos, após um mísero fim-de-semana onde teve imensas dificuldades em extrair velocidade do carro. Destaque pelo menos para a forma como evitou que Bottas o ultrapassasse na última volta.

Estes foram os pontos principais de uma corrida bastante monótona, que ganhou uma injeção de adrenalina nas últimas voltas. Por fatores externos, neste caso, porque os pneus Pirelli, que não aguentaram e prejudicaram a boa corrida dos pilotos afetados. Para a semana, a Fórmula 1 regressa a Silverstone, sendo os pneus escolhidos ainda mais macios. A solução? Para já, mais paragens nas boxes.

Foto de capa: Fórmula 1

Luís Manuel Barros
Luís Manuel Barros
O Luís tem 21 anos e é de Marco de Canavezes, tem em si uma paixão por automobilismo desde muito novo quando via o Schumacher num carro vermelho a dominar todas as pistas por esse mundo fora. Esse amor pelas 4 rodas é partilhado com o gosto por Wrestling que voltou a acompanhar religiosamente desde 2016.                                                                                                                                                 O Luís escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

De setembro de 2000 a setembro de 2025: José Mourinho vai assumir o Benfica após 25 anos da sua experiência no clube encarnado

José Mourinho vai voltar a ser treinador do Benfica. O técnico de 62 anos regressa ao clube encarnado após 25 anos.

José Mourinho a caminho do Benfica: negociações praticamente concluídas

José Mourinho está muito próximo de ser confirmado como treinador do Benfica. As negociações estão em vias de ficarem fechadas.

Benfica confirma saída de Bruno Lage em curto comunicado enviado à CMVM

O Benfica confirmou a saída de Bruno Lage em comunicado enviado à CMVM. O técnico foi afastado na noite desta terça-feira.

PUB

Mais Artigos Populares

Bruno Lage na porta de saída e José Mourinho é o eleito de Rui Costa para assumir o Benfica

José Mourinho é o desejado por Rui Costa para assumir o Benfica. O técnico pode estar em vias de suceder a Bruno Lage no comando das águias.

Bruno Lage justifica queda exibicional do Benfica: «O primeiro golo intranquilizou a equipa»

Bruno Lage analisou a derrota do Benfica diante do Qarabag por 3-2 na estreia da Champions League. Técnico encarnado falou em conferência de imprensa.

Bruno Lage assume: «O momento fora de campo não ajudou nem pôs a equipa tranquila para jogar»

Bruno Lage analisou a derrota do Benfica diante do Qarabag por 3-2 na estreia da Champions League. Técnico encarnado falou em conferência de imprensa.