A CORRIDA: FERRARI VOLTA A FACILITAR (EM CASA), VERSTAPPEN VOLTA A VENCER E O TÍTULO É UMA QUESTÃO DE TEMPO
Semana após semana, há coisas que mudam e outras que ficam iguais. Aquilo que nunca parece mudar é a imagem de Max Verstappen no lugar mais alto do pódio. O neerlandês conquistou a sua quinta vitória consecutiva (11.ª do ano), desta vez em Itália, Monza, casa da Ferrari, com a Red Bull a superiorizar-se novamente à marca italiana no que toca à estratégia. Numa corrida que terminou debaixo de safety car, Charles Leclerc foi segundo e George Russell (Mercedes) terceiro.
O arranque via Leclerc partir da pole, com Russell logo ao lado, enquanto Verstappen arrancava de sétimo. Leclerc susteve o ataque de Russell na primeira curva, segurando a liderança, enquanto Verstappen ganhou imediatamente posições a Lando Norris, que teve um péssimo arranque, e a Fernando Alonso. Pierre Gasly e Daniel Ricciardo também não puderam fazer nada contra o Red Bull, que chegou a uma posição de pódio à quarta volta. E à quinta volta, o neerlandês ultrapassou Russell, passando para segundo. Até que, à volta 12, tivemos safety car virtual, com Sebastian Vettel a ter de parar o seu Aston Martin numa escapatória.
Leclerc, que estava em primeiro, foi às boxes trocar de pneus (de macios para médios), entregando a liderança a Verstappen e estabelecendo um contraste estratégico. A Ferrari iria apostar em duas paragens, enquanto a Red Bull iria ficar-se por uma.
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Leclerc pits for medium tyres, Verstappen stays out on track and now leads the race#ItalianGP #F1 pic.twitter.com/ZxccMLNcIU
— Formula 1 (@F1) September 11, 2022
Sensivelmente a meio da corrida, Verstappen foi chamado à box para colocar pneus médios, saindo para a pista a dez segundos de Leclerc. Quando o Red Bull encurtou a distância para cinco segundos, Leclerc efetuou a sua segunda paragem. Contudo, quando veio para a pista, já estava a 20 segundos de Verstappen (e por pouco não perdeu o segundo lugar para Russell). A distância praticamente não foi encurtada até às últimas voltas, altura em que o McLaren de Daniel Ricciardo sofreu um problema de motor, provocando o safety car.
Verstappen, Leclerc e Russell aproveitaram todos para trocar de pneus, algo que não teve efeito prático nenhum, uma vez que a demora em retirar o McLaren da pista foi tanta que a corrida não chegou a ser recomeçada, para agonia dos tiffosi. Assim, Verstappen venceu, à frente de Leclerc, Russell e Carlos Sainz, que estava com um ritmo diabólico no primeiro stint (colocou-se em quarto lugar em poucas voltas), mas não conseguiu chegar ao pódio.
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The crane has arrived – but will there be time to get the race restarted? #ItalianGP #F1 pic.twitter.com/onHk620lDS
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Lewis Hamilton e Sergio Pérez, ambos a começarem mais atrás, tal como Sainz, conseguiram efetuar boas recuperações para terminarem em quinto e sexto, respetivamente. Pérez ameaçou abandonar nos instantes iniciais, com fumo a sair do pneu da frente do lado direito quando efetuou a sua primeira paragem, mas acabou por não acontecer. Ainda foi forçado a efetuar uma segunda paragem, com um presumível furo num dos seus pneus duros, mas recuperou a posição a Lando Norris, que terminou em sétimo (McLaren recuperou seis pontos à Alpine, que viu Fernando Alonso a abandonar e Esteban Ocon a terminar fora dos pontos).
O abandono de Ricciardo, que terminaria atrás de Norris, permitiu a Pierre Gasly terminar em oitavo, com Nyck de Vries (bela estreia num fim de semana de Fórmula 1) a ser nono e Zhou Guanyu a terminar em décimo.
Foto de Capa: Red Bull Racing