Antevisão GP Itália: Incredibile Charles dá pole à Ferrari

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    A ANTEVISÃO: COM TANTAS PENALIZAÇÕES, O MONEGASCO JÁ ERA FAVORITO A SAIR DO PRIMEIRO LUGAR, MAS NÃO DEIXOU OS CRÉDITOS POR MÃOS ALHEIAS

    À semelhança do que aconteceu na Bélgica, havia um festival de penalizações a marcar o Grande Prémio de Itália antes da qualificação. Nove pilotos iam ter penalizações de categorias diferentes, o que fazia com que a grelha que adviesse da qualificação fosse radicalmente alterada. Charles Leclerc era um dos pilotos que não ia ser afetado pelas penalizações, sendo o favorito a sair do primeiro lugar para a corrida. Indiferente a isso, o monegasco foi o mais rápido na qualificação e terá a companhia de George Russell (Mercedes) na primeira linha da grelha.

    No final das primeiras voltas da Q3, era Carlos Sainz que liderava, seguido de Leclerc, com Max Verstappen em terceiro. Os três melhoraram nas últimas voltas, mas a melhoria de Leclerc foi mais significativa, passando-o para o primeiro lugar, à frente de Verstappen (que tem uma penalização de cinco lugares) e de Sainz (que vai para o fundo da grelha, juntamente com Lewis Hamilton e Yuki Tsunoda). Verstappen, apesar de tudo, deverá partir do quarto lugar (fazer contas nestas circunstâncias é sempre difícil, sendo preferível esperar pela grelha da FIA), minimizando as perdas da penalização.


    Mas quem espera um passeio semelhante ao de Spa, desengane-se. Verstappen vai certamente estar na luta pela vitória (se conseguir evitar incidentes, claro), mas o equilíbrio entre o campeão do mundo e a Ferrari é mais notório. A Red Bull mexeu na afinação do carro, preferindo sacrificar a velocidade em reta (que existia na maioria dos outros circuitos), o que lhes terá custado em qualificação. Mas antevê-se uma batalha fascinante entre Verstappen e Leclerc. E Russell, partindo do segundo lugar, também terá uma palavra a dizer. A Mercedes voltou a ser a terceira melhor equipa em qualificação, mas é sempre mais competitiva em corrida.

    A McLaren terminou em sétimo e oitavo na qualificação, o que deve equivaler a um terceiro lugar para Lando Norris e a um quinto posto para Daniel Ricciardo com a aplicação das penalizações. O MCL36 não é tão competitivo como a versão de 2021, mas, com os seus dois pilotos lá em cima, irão querer recuperar pontos à Alpine no campeonato de construtores. A marca francesa teve Fernando Alonso a qualificar-se em décimo, atrás de Pierre Gasly, com Esteban Ocon em 11.º, mas com penalização de cinco lugares.

    Destaque ainda para Nyck de Vries, que ontem fez a primeira sessão de treinos livres em Itália com a Aston Martin, mas hoje fez o dia inteiro pela Williams. Alex Albon está com apendicite e o neerlandês foi escolhido para o substituir, fazendo um belíssimo trabalho. Batendo o colega de equipa Nicholas Latifi em qualificação, De Vries passou à Q2 e foi 13.º, devendo partir logo atrás de Fernando Alonso na corrida.

    EQUIPA A TER EM CONTA

    Ferrari – Já é a equipa da casa, sendo por isso normal que todos os olhos estejam em cima do cavallino rampante. Mas ambos os pilotos se sentem confiantes de que podem fazer uma boa corrida em Itália, apesar de começarem em posições radicalmente diferentes. Será importante que tudo funcione (já aconteceu tudo este ano à Ferrari para que os resultados fossem abaixo do esperado), mas as expetativas são altas e há potencial para serem correspondidas.

    PILOTO QUE PODERÁ SURPREENDER


    Max Verstappen (Red Bull) – Se a Ferrari tem tudo para ser competitiva, Max Verstappen também o tem. O neerlandês parte mais atrás na grelha, devido a uma penalização de cinco lugares, mas tem sido alucinante ver como a Red Bull consegue superar desafios diferentes todas as semanas. Verstappen já venceu duas corridas (Hungria e Bélgica) onde partiu mais atrás e vai tentar fazê-lo outra vez amanhã em Itália.

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    Bernardo Figueiredo
    Bernardo Figueiredohttp://www.bolanarede.pt
    O Bernardo é licenciado em Comunicação Social (jornalismo) na Universidade Católica de Lisboa e está a terminar uma pós-graduação em Comunicação no Futebol Profissional, no Porto. Acompanha futebol atentamente desde 2010, Fórmula 1 desde 2018 e também gosta de seguir ténis de vez em quando. Pretende seguir jornalismo desportivo e considera o Bola na Rede um bom projeto para aliar a escrita ao acompanhamento dos desportos que mais gosta.