CONTRA: A SOMBRA DE VERSTAPPEN
📞 ALÔ MARKO! 📞@Max33Verstappen contou que encorajou @nyckdevries a ligar para Helmut Marko após o GP da Itáliahttps://t.co/zGnjWp31iM #F1 #F1noGP
— Grande Prêmio (@grandepremio) October 8, 2022
Nyck de Vries admitiu que o compatriota e bicampeão do Mundo, Max Verstappen teve influência na escolha de assinar pela AlphaTauri, a equipa B da Red Bull.
“Super Max” não esconde a amizade que tem com de Vries. Referiu que foi ele próprio (Verstappen) num jantar depois do Grande Prémio de Itália, a sugerir que o compatriota ligasse a Helmut Marko, Conselheiro da Red Bull uma vez que Pierre Gasly, piloto da AlphaTauri, tinha manifestado o desejo de rumar à Alpine Racing, rescindindo contrato com a estrutura da Red Bull Motorsports.
Helmut Marko admitiu já a possibilidade de o neerlandês de 27 anos ser o piloto número 1 da AlphaTauri já em 2023, situação que sustenta o rumor de que de Vries será o substituto de Sérgio Pérez na Red Bull, aquando da eventual saída do piloto mexicano (algo que não se espera num futuro assim tão próximo)
A questão é que fica no ar: será que de Vries tomou a decisão certa, de um ponto de vista competitivo ao assinar com a Red Bull Motorsports? O piloto neerlandês tinha suscitado o interesse da Williams e da Alpine, sendo que o da formação britânica foi mais sério.
É verdade que em qualquer uma destas duas estruturas, o futuro, a continuidade na Fórmula 1, seria mais incerta. Mas de Vries já tem uma carreira fora da Fórmula 1, com títulos na Fórmula E e ainda participações no Campeonato do Mundo de Endurance (WEC), nomeadamente nas 24 Horas de Le Mans.
Ao assinar pela AlphaTauri, parece que já estabeleceu um teto para a sua carreira: ser o piloto número 2 de Max Verstappen. O que, como se viu com Pérez, nomeadamente no Grande Prémio do Azerbaijão, quando o mexicano estava a liderar a corrida e teve uma péssima paragem nas boxes, impedindo-o de lutar pela vitória com o colega de equipa, isto depois dos dois pilotos da Ferrari terem abandonado a prova.
Para não falar de situações como o famoso caso entre Sebastian Vettel e Mark Webber, no Grande Prémio da Malásia de 2013, em que o alemão, na altura, líder da Red Bull, se recusou a entregar a vitória do Grande Prémio a Webber, apesar do australiano ter feito o mesmo em épocas anteriores.
O (na altura) tricampeão do Mundo desobedeceu a ordens diretas da equipa e colocou mesmo em causa a continuidade dos dois carros em prova. Os atos de Vettel não tiveram qualquer consequência, o que mostra como a Red Bull fica “refém” da hierarquia da equipa e em particular, de um piloto. O problema, note-se, não está na vontade de Vettel ganhar a corrida mas no facto de desrespeitar ordens de equipa que Webber por sua vez, seguia.
A Mercedes, por exemplo, já mostrou que não tem de ser este o caso, Entre 2014 e 2016, Nico Rosberg e Lewis Hamilton partilhavam o mesmo estatuto dentro da equipa e a Mercedes nunca perdeu um campeonato de pilotos ou de construtores com esta dupla. Depois de 2016, com Valteri Bottas, adotaram o comportamento da equipa austríaca (e da Ferrari no tempo de Schumacher e Barrichello, diga-se).