Nyck De Vries na Fórmula 1: Os prós e contras de uma promessa cumprida

    PRÓ: A “LIBERTAÇÃO” DE PIERRE GASLY

    Pierre Gasly integrou a estrutura da Red Bull Motorsport sdurante 9 anos. O piloto francês reconhece que a decisão de rumar à Alpine foi ponderada e agradeceu a compreensão de Christian Horner, Diretor da equipa de Fórmula 1 da Red Bull, e de Helmut Marko, que o deixaram rumar à equipa francesa, apesar de ainda ter um ano de contrato com a estrutura austríaca.

    Gasly apreciou a abordagem da estrutura gaulesa, assumindo o desejo de ter o francês de 26 anos num projeto ambicioso e de médio-longo prazo. Com vários anos de duração, o contrato dá segurança ao piloto, que vai terminar a presente época na equipa italiana da AlphaTauri. A Alpine ocupa o quarto lugar no campeonato de construtores, com 13 pontos de vantagem para a McLaren, uma situação que deixa Gasly otimista em relação aos objetivos da formação.

    A carreira de Gasly parecia já ter atingido um teto quando correu na primeira metade da época de 2019 ao serviço da Red Bull, onde foi incapaz de corresponder às expetativas deixadas por Daniel Ricciardo, que tinha brilhado em 2014 quando saiu da Toro Rosso (atual AlphaTauri) e não só bateu o tetracampeão do Mundo, seu colega de equipa, mas foi o único piloto fora da Mercedes a ganhar corridas.

    Pierre Gasly falou já por diversas vezes sobre a sua saúde mental assim como da importância de ver os pilotos como pessoas, não como “leões numa jaula”. Admitiu que ser despromovido para a Toro Rosso após 12 corridas foi um golpe duro.

    “Podia ter destruído algumas pessoas (…) Mas não me destruiu a mim porque eu não desisto. Quando muito, tornou-me mais forte.”, disse numa entrevista ao The Guardian

    E ficou, de facto, mais forte porque no ano de 2020 ganhou em Monza, ao serviço da AlphaTauri, que já não conquistava um grande prémio desde Sebastian Vettel em 2007.

    Ao rumar à AlphaTauri, Nyck de Vries permitiu à Red Bull facilitar a saída de Gasly, acrescentando desta forma dois pilotos com ambições e com um futuro promissor à grelha, em vez de deixar o francês “preso” por mais um ano numa estrutura em que teria poucas possibilidades de progredir.

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    Filipe Pereira
    Filipe Pereira
    Licenciado em Ciências da Comunicação na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, o Filipe é apaixonado por política e desporto. Completamente cativado por ciclismo e wrestling, não perde a hipótese de acompanhar outras modalidades e de conhecer as histórias menos convencionais. Escreve com acordo ortográfico.