O que esperar da nova parceria entre a Red Bull e a Ford? | Fórmula 1

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    Uma das novidades mais surpreendentes do universo Fórmula 1 foi a parceria Ford-Red Bull. As duas fabricantes uniram-se para o fornecimento de motores híbridos a partir de 2026 para fazer face aos novos regulamentos da modalidade. Estas novas exigências – vertente elétrica nos motores – são um novo passo para a sustentabilidade, acompanhando o grande crescimento que a mobilidade elétrica tem tido em todo o mundo.

    A Ford associou-se à equipa austríaca para este novo capítulo dos motorizados, juntamente com a Red Bull Powetrains que está a cargo da preparação do futuro monolugar da Red Bull. A construtora norte-americana fornece unidades de potência que a equipa de Milton Keynes precisa para desenvolver um carro vencedor. Este novo regulamento inclui um motor elétrico de 350kW e um novo motor de combustão, que tem de conseguir trabalhar com novos combustíveis sustentáveis. Apesar de só precisar de ficar apto na temporada de 2026, já começou a ser produzido e trabalhado no início de 2023.

    Com a ligação entre as duas marcas prevê-se que possam criar uma fórmula que consolide a liderança – até ao momento – da Red Bull na categoria. A Ford tem tudo para conseguir ser uma ajuda essencial, na medida em que oferece um conjunto de experiência em diferentes áreas para um desenvolvimento eficiente de um motor, especialmente na vertente elétrica.

    Segundo o CEO da Ford, Jim Farley, a preparação está a correr de uma forma bastante positiva e ambiciosa. Surgem as expectativas de que esta parceria vai ser capaz de criar a melhor unidade de potência possível para um futuro entusiasmante da modalidade.

    Esta nova fase no automobilismo marca o regresso da Ford à Fórmula 1 depois de ter estado 23 anos ausente. A construtora americana viu na Red Bull uma possibilidade em expandir a sua tecnologia e regressar a um mercado competitivo com ambições de ser uma união temível para os adversários. Para além de ser uma oportunidade enquanto evolução da marca, o crescimento da F1 nos Estados Unidos também aumentou a vontade de fazer parte desta tendência.

    Em tempos, a Ford reinou na principal categoria do automobilismo, principalmente nas décadas de 60, 70 e 80. Eram os fornecedores de motores para equipas como a Lotus, Tyrrell e Williams. Conseguiram conquistar inúmeros campeonatos, de tal forma que são a terceira construtora com maior sucesso na F1, estando apenas atrás da Mercedes-Benz e da Ferrari. A última conquista foi em 1994, quando, ao serviço da Benetton, Michael Schumacher venceu o campeonato com um motor Ford.

    É ainda de destacar que a Red Bull chegou a ter um acordo definido com a Porsche para o fornecimento de motores. Esta possível parceria esteve perto de se concretizar, contudo, não chegaram a um entendimento definitivo.

    Por essa razão, a Red Bull e a Ford confirmaram esta ligação, no dia de apresentação da época de 2023 da equipa austríaca, que também se irá estender para a Scuderia AlphaTauri.

    A FIA, com esta nova medida, pretende que a modalidade seja mais atrativa e esta cooperação entre as marcas tem cativado muita atenção e expectativa. É de esperar que estes novos regulamentos permitam uma maior competitividade, de modo a diminuir o fosso entre as equipas.

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    Mafalda Ferreira Costa
    Mafalda Ferreira Costa
    A Mafalda está no último ano da licenciatura em jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social (ESCS). É apaixonada por desporto e vê nele um hábito diário na sua vida. Desde sempre que acompanha futebol e Fórmula 1, tendo-se rendido recentemente ao ténis. Para além do desporto, a escrita é outra das suas paixões e vê no Bola na Rede a fusão perfeita para aliar esses dois mundos.