GP de São Paulo: Lewis Hamilton ativou o God Mode

    A CORRIDA: VELOCIDADE DE SPRINT EM CORRIDA DE OBSTÁCULOS

     

    Como diria Maximus Decimus Meridius “are you not entertained?!”, pois quem não adorar o que aconteceu esta tarde em São Paulo, no GP de Interlagos, não gosta de Fórmula 1.

    Lewis Hamilton, qual Gladiador, venceu o Grande Prémio de São Paulo após começar da 10.ª posição, seguido pelo homem que liderou grande parte da prova, Max Verstappen, com Valtteri Bottas a fechar o pódio.

    O mais simples é mesmo começar pelo início, pelo estupendo arranque de Lewis Hamilton, que ia num ritmo tal, que em apenas cinco voltas chegou aos lugares do pódio. O britânico não tinha tempo a perder, e utilizou toda a pujança do motor Mercedes novinho em folha, para se colocar imediatamente na perseguição a Max Verstappen.

    O holandês teve um excelente arranque, passando para a liderança na primeira curva, e ao mesmo tempo a fazer jogo de equipa, ao obrigar Bottas a ficar mal posicionado para a “Reta Oposta” onde Sergio Perez aproveitou para completar uma dobradinha da Red Bull.

    Nesta fase inicial da prova em São Paulo, tirando o facto de já ter um Lewis Hamilton rapidíssimo nos calcanhares, as coisas pareciam correr bem à Red Bull.

    Tudo mudou nas primeiras paragens, onde uma execução perfeita da Mercedes durante um período de Virtual Safety Car, permitiu que Bottas saltasse para a frente de Perez, de onde não saiu.

    Já Max Verstappen não era tão fácil de apanhar, e então Lewis Hamilton apenas se mantinha por perto, sem arriscar demasiado. São Paulo

    A batalha a sério começou a partir da segunda paragem, onde os pneus mais frescos de Hamilton lhe permitiram atirar com tudo para cima de Verstappen. O neerlandês defendeu-se como pôde, contudo, o ritmo de Lewis Hamilton era óbvio, e não havia hipótese para Verstappen o segurar na prova de São Paulo.

    Mais para trás, do lado do pelotão, foi um fim-de-semana de reforço do terceiro lugar do campeonato para a Ferrari em São Paulo. Carlos Sainz e Charles Leclerc executaram mais uma excelente corrida, onde a consistência da Scuderia contrasta com o que acontece para os lados de Woking, onde tudo correu mal aos rivais diretos, Mclaren, com Lando Norris a ficar com um furo logo na primeira volta da prova de São Paulo e a resgatar só o último ponto em 10.º, e Ricciardo a ser obrigado a retirar-se. São Paulo

    A vantagem da Ferrari no terceiro lugar, disparou assim para 31.5 pontos, que a três corridas do fim, serão extremamente difíceis de recuperar.

    Já após acalmar a tempestade da batalha dos homens da frente, foi Pierre Gasly quem proporcionou a maioria dos grandes momentos das últimas voltas, com uma incrível sequência de ultrapassagens aos homens da Alpine, que o colocaram na sétima posição.

    Já Esteban Ocon e Fernando Alonso da equipa gaulesa, conseguiram um bom resultado na luta pelo quinto lugar do campeonato. Neste momento, Alpha Tauri e Alpine estão empatadas.

    O circuito de Interlagos proporciona quase sempre as melhores corridas da temporada, hoje não foi exceção. Vimos uma das melhores performances da carreira de Lewis Hamilton durante todo o fim-de-semana, e isso é dizer imenso.

    Se Max vencia, a três corridas do fim, tirava um pouco de emoção ao campeonato, assim, Lewis Hamilton volta a aproximar-se em São Paulo.

    São 14 pontos que os separam a três corridas do fim, se Hamilton vence as duas próximas corridas e Max faz segundo, chegam a Abu Dhabi em igualdade pontual. Volto a repetir, “Are you not entertained?!” São Paulo

    PILOTO DO DIA EM SÃO PAULO:

     

    Lewis Hamilton – Mas há dúvidas? Isto foi uma das melhores performances da carreira de um dos melhores da história. Eu já nem olho só para a corrida de São Paulo, foi tudo, qualificação, Sprint, agora na corrida.

    Este é o Hamilton no God Mode a que muito raramente temos acesso. E mesmo atrás de Verstappen por 14 pontos, eu se fosse o neerlandês, não relaxava um segundo.

     

    DESILUSÃO DO DIA:

    Mclaren – Durante as duas últimas temporadas e em particular 2021, se há coisa que tenho feito é elogiar a Mclaren pela consistência que tem demonstrado em termos de resultados, seja através de estratégias, pura velocidade ou aproveitar toda a sorte do mundo.

    No pelotão, não havia quem os batesse nesse parâmetro, contudo, quem é que agora o está a fazer constantemente? Aquela que era gozada por ser uma das equipas mais inconsistentes em termos estratégicos.

    A Ferrari está a terminar a época em grande e a colocar a Mclaren no bolso, o terceiro lugar está praticamente entregue. Há dois meses atrás não era bem assim.

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    Luís Manuel Barros
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    O Luís tem 21 anos e é de Marco de Canavezes, tem em si uma paixão por automobilismo desde muito novo quando via o Schumacher num carro vermelho a dominar todas as pistas por esse mundo fora. Esse amor pelas 4 rodas é partilhado com o gosto por Wrestling que voltou a acompanhar religiosamente desde 2016.                                                                                                                                                 O Luís escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.