A Red Bull já teve melhores dias e parecem soar os alarmes quanto à continuidade de Sergio Pérez. Em junho, de 2024, a equipa austríaca anunciou a renovação de contrato, até ao final da temporada de 2026, do piloto mexicano, ao contrário do que muitos achariam expectável.
Já nessa altura, houve quem estranhasse esta decisão da Red Bull, especialmente porque Checo parece já ter sido ultrapassado por jovens pilotos de outras equipas e não tem conseguido acompanhar o nível a que a sua equipa nos tem habituado. Acontece que o mexicano ainda não conseguiu convencer com as mais recentes prestações e, desde que assinou um novo contrato, tem tido uma temporada bastante cinzenta, chegando a ficar de fora dos pontos em algumas corridas.
Por todas as interrogações que têm sido feitas relativamente a esta questão, Helmut Marko – responsável pelo programa de desenvolvimento de pilotos da Red Bull – afirmou que a pausa de verão vai ser determinante para a decisão da equipa quanto ao futuro do mexicano. Para além de revelar existir uma espécie de “ultimato” ao piloto, uma vez que admitiu que tem até à interrupção para o verão para melhorar os seus resultados, Helmut confirmou a existência de uma cláusula de desempenho que possibilita a rescisão de contrato, mesmo que seja a meio da temporada.
Sergio Pérez está sob pressão e tem mais duas corridas – Hungria e Bélgica – até à pausa para apresentar resultados que acompanhem o seu colega de equipa. É certo que a equipa de Milton Keynes não procura um piloto que compita com Max Verstappen, até porque seria uma tarefa bastante difícil, mas precisa que os dois pilotos sejam uma garantia de pontos para que a equipa possa vencer o campeonato de construtores.
Apesar de Pérez ter um historial bastante positivo quanto à superação de crises num curto espaço de tempo, Christian Horner começa a fazer contas à vida e pondera possíveis substitutos, caso a situação não melhore. Muitos nomes são comentados, mas parece que Daniel Ricciardo, caso haja essa substituição, está na linha da frente com fortes possibilidades de ser promovido à sua antiga equipa.
Yuki Tsunoda pode surgir como uma hipótese a pensar no futuro e assim fazer a transição comum entre a VCARB – antiga AlphaTauri – e a Red Bull. Tem feito uma boa temporada, sendo mais rápido que o seu colega de equipa, e, apesar de ter 24 anos, já está no seu quarto ano na Fórmula 1. Também Liam Lawson poderia surgir como possibilidade válida para a ascensão à equipa austríaca. Depois de ter substituído Ricciardo e de ter deixado boas impressões ao ter garantido pontos na sua estreia, deixa no ar como poderá ser a sua evolução, caso tenha oportunidades de crescer na categoria-rainha. Ao que tudo indica, a Red Bull fez boas afinações nos seus monolugares para o Grande Prémio da Hungria, depois de atravessar por um período estranhamento cinzento. Por isso, é preciso aguardar para perceber se Sergio Pérez vai conseguir, finalmente, ligar-se ao seu carro, para que possa contribuir para os bons resultados da equipa. Caso contrário, pode começar a despedir-se daquela que tem sido a sua casa desde 2021.