Verstappen vai ser um justo campeão e São Paulo mostrou porquê | Fórmula 1

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    A pista de Interlagos já decidiu muitos campeonatos de Fórmula 1 no passado, e, embora Max Verstappen ainda não seja matematicamente campeão, certamente voltou a acontecer este ano. A performance do neerlandês foi espetacular na corrida de domingo e é uma boa forma de confirmar virtualmente o tetracampeonato.

    Mesmo começando do 17.º lugar da grelha (independentemente de faltarem os carros de Albon e Stroll) e com Lando Norris a começar da pole position, este era o momento de maior tensão para Verstappen na luta pelo título, com Norris a poder reduzir muito a distância no campeonato. Mas, à chuva, nunca se pode descartar Max, que já teve muitas performances de grande qualidade nestas condições. Muitos falam da corrida de 2016 neste mesmo circuito, mas esta é capaz de ter sido ainda melhor.

    Os arranques à chuva nunca são fáceis de alcançar, mas Verstappen teve um arranque excelente, praticamente sem patinar as rodas e depois posicionando o seu Red Bull na linha exterior do S do Senna para ultrapassar uma série de carros logo na primeira volta. De resto, Max fez parecer com que as ultrapassagens fossem fáceis, numa corrida em que praticamente mais ninguém conseguiu ultrapassar. Nunca houve DRS, uma vez que esteve sempre a chover, mas o piloto da Red Bull chegou ao top-6 em poucas voltas sem grande esforço.

    É verdade que pilotos como Liam Lawson e Fernando Alonso não lhe dificultaram muito a vida, as ultrapassagens sobre Lewis Hamilton, Pierre Gasly e Oscar Piastri foram todas alcançadas com bons mergulhos na curva 1, mergulhos que eram conseguidos porque Verstappen explorava o limite da aderência muito melhor do que os seus adversários.

    Ultrapassar Piastri devia ser especialmente complicado, uma vez que é o colega de equipa do homem que ainda podia discutir o título, mas a telemetria mostra que o neerlandês conseguiu travar 43 metros mais tarde do que o australiano à chegada à primeira curva, não perdendo praticamente tempo nenhum na manobra. Aliás, Piastri tentou, umas voltas mais tarde, fazer a mesma manobra contra Liam Lawson, mas falhou completamente, batendo no neozelandês e levando uma penalização de dez segundos.

    Depois chegou o momento das paragens dos líderes antes da bandeira vermelha, mas, ao contrário do que disse Norris depois da corrida, tomar a decisão correta não é só uma questão de sorte. As condições estavam a piorar e tanto Verstappen como os dois pilotos da Alpine tinham bem presente nas suas cabeças que uma bandeira vermelha era praticamente inevitável.

    A Red Bull e Verstappen têm um excelente histórico quando chega a hora de tomar estas decisões, como já vimos este ano em Silverstone e em Montreal, onde as tomadas de decisão certas valeram ao neerlandês resultados que não seriam provavelmente os mesmos em condições normais. Já a McLaren decidiu parar para meter intermédios novos, com Norris a cair para fora do top-3.

    Assim que passou para a frente, com mais um excelente mergulho na curva 1 para ultrapassar Esteban Ocon, Max mostrou que estava muito à frente dos outros, com uma série de voltas mais rápidas para vencer com uma margem de quase 20 segundos. Numa corrida em que estavam reunidas todas as condições para muita coisa correr mal a muita gente, Verstappen foi imperial e tem o título praticamente assegurado.

    Houve outros grandes nomes que costumam brilhar à chuva e que tiveram naturais dificuldades em São Paulo. Lando Norris cometeu dois erros no último recomeço, Fernando Alonso bateu na qualificação e fez um pião na corrida, Carlos Sainz bateu na qualificação e na corrida, Lewis Hamilton esteve sempre com pouco ritmo e Charles Leclerc também teve uma saída de pista. Verstappen esteve muito à frente de todos os outros e teve uma demonstração que revela o porquê de ser um justo campeão em 2024.

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    Bernardo Figueiredo
    Bernardo Figueiredohttp://www.bolanarede.pt
    O Bernardo é licenciado em Comunicação Social (jornalismo) na Universidade Católica de Lisboa e está a terminar uma pós-graduação em Comunicação no Futebol Profissional, no Porto. Acompanha futebol atentamente desde 2010, Fórmula 1 desde 2018 e também gosta de seguir ténis de vez em quando. Pretende seguir jornalismo desportivo e considera o Bola na Rede um bom projeto para aliar a escrita ao acompanhamento dos desportos que mais gosta.