
A primeira corrida da temporada 11 da Fórmula E não podia começar sem uma corrida caótica como nos tem vindo a habituar. Mitch Evans (Jaguar) venceu o E-Prix de São Paulo depois de começar de último. Em segundo lugar terminou António Félix da Costa (Porsche) e a fechar o pódio acabou Taylor Barnard (McLaren), rookie este ano.
A corrida teve momentos emocionantes durante todas as 35 voltas. Decidimos destacar aqueles que fizeram a história desta corrida.
De último a primeiro
Foi o homem do momento e é o atual líder do campeonato. Começou a corrida de 22º depois de uma terrível qualificação. Foi fazendo o seu percurso ao longo da corrida, aproveitando tanto erros dos rivais como dos pilotos que ficaram de fora da mesma. Com duas bandeira vermelhas e uma estratégia que correu muito bem, Evans e Jaguar tinham um sonho… e conseguiram concretizá-lo.
Attack Mode finalmente funciona como deveria
Depois de algumas temporadas sem ter o efeito que era esperado, o Modo de Ataque foi (finalmente) bem usado nesta primeira corrida. Muitos pilotos depararam-se a fazer uma estratégia em que consistia usar esse modo para ultrapassar e ganhar vantagem sobre os rivais. Ou seja… atacar. Isso são boas notícias, mas, ao mesmo tempo, põe em dúvida o Attack Charge, que iria ser o seu substituto.
Jake Dennis com problemas no Andretti
O campeão de 2022/23, Jake Dennis (Andretti) andava por boas posições durante a corrida quando bloqueou os pneus dianteiros do seu monolugar e acendeu a luz vermelha no topo do mesmo, avisando que não se encontrava seguro para ser tocado. Um momento que originou a primeira bandeira vermelha do dia. Felizmente, tudo correu bem e o piloto britânico saiu sem problemas. O carro também foi retirado da pista sem grandes percalços
A luta pela vitória
Tal como nos testes, a Jaguar mostrou-se forte no ritmo de corrida e não desapontou. Para além de Evans ter ganho a corrida, também Cassidy chegou à liderança momentânea da mesma, depois de ultrapassar Oliver Rowland. O Nissan também prometia bastante para esta pista e liderou várias vezes durante as voltas de corrida, mas terminou na 14ª posição depois de ser penalizado.
Segunda bandeira vermelha e coração nas mãos
Com o recomeço da corrida, recomeçaram também as lutas por posições. Mas não durou muito até termos mais uma paragem na sessão. Desta vez, com Pascal Wehrlein (Porsche) dentro do seu carro, mas de cabeça para baixo. Um toque com Nick Cassidy fez com que o alemão voasse até à barreira e ficasse entre a mesma e o halo, depois caindo virado ao contrário.
Mais um pódio para Félix da Costa
É o 24º pódio da carreira de António Félix da Costa na Fórmula E. E começar a temporada com um segundo lugar não pode ser melhor motivação (à parte da vitória, claro). O piloto de Cascais também deu luta pela vitória, inclusivamente com o seu colega de equipa. Terminou um degrau abaixo do desejado, mas junta já 18 pontos e é o melhor começo de temporada desde a temporada cinco (2018/19) quando partiu de pole e ganhou em Diriyah.
O rookie mais novo a chegar ao pódio
Taylor Barnard (McLaren) subiu ao pódio ao terminar em terceiro lugar com a ajudar do seu colega de equipa, Sam Bird. O novato da equipa britânica ascendeu ao lugar mais baixo do TOP3 na sua primeira corrida como piloto a tempo inteiro. Também ele teve momentos complicados na corrida, como paragens nas boxs e lutas intensas com os seus rivais. Não esquecendo que Barnard substituiu Bird o ano passado quando o mesmo teve uma lesão no Mónaco e na Alemanha
A próxima corrida será já no ano de 2025, dia 11 de janeiro, no México.