A CRIAÇÃO DO CAMPEONATO SUSTENTÁVEL
A ideia de um campeonato de automobilismo disputado em circuitos urbanos com carros 100% elétricos surgiu a 3 de março de 2011, quando Jean Todt, Presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) à data, e o empresário espanhol Alejandro Agag se encontraram num restaurante em Paris.
A primeira época do Campeonato do Mundo de Fórmula E decorreu entre os anos de 2014 e 2015, sendo a modalidade concebida com o objetivo de mostrar as potencialidades dos carros elétricos no automobilismo. Desde o seu começo que existiu a preocupação de colocar os melhores construtores e os melhores pilotos do Mundo, com alguns nomes com passagens na Fórmula 1, assim como outros que fizeram um nome no automobilismo, a participar no campeonato.
A primeira corrida da história da modalidade teve lugar em Pequim a 13 de setembro de 2014, com Lucas di Grassi a vencer, num dia marcado por uma colisão entre Nicolas Prost e Nick Heidfeld. A Fórmula E já leva 8 temporadas, com sete campeões diferentes, entre os quais António Félix da Costa em 2020 e Jean-Éric Vergne, o único piloto a ganhar o título de pilotos em duas ocasiões. O campeão da última temporada foi Stoffel Vandoorne, piloto belga que já passou pela Fórmula 1.
Desde cedo que a bandeira da sustentabilidade hasteada pela Fórmula E atraiu várias marcas e patrocinadores. Se na Fórmula 1, os motores são concebidos por apenas quatro construtores, na Fórmula E, sete marcas participam no desenvolvimento dos mesmos: a Mahindra Racing, a Porsche AG, a DS Automobiles, NIO 333, a Nissan, a Maserati e a Jaguar.
We’re writing history again.
I am very proud to announce that Julius Baer has extended its partnership with Formula E as a founding partner until the end of Season 12 (2026). Driving the future together. ????????⁰⁰#Window2TheFuture #JuliusBaer pic.twitter.com/0FIOeJRz1G— Marco Parroni (@MarcoParroni1) December 5, 2022
“E” DE EVOLUÇÃO
O caráter precursor da Fórmula E foi o que tornou a modalidade atrativa para fãs e marcas. Para além do aspeto ambientalista inovador no automobilismo, o engajamento do público, a atribuição de um papel a este último nas corridas tornou-se uma das principais características do campeonato. Destaque para o chamado “fanboost” (vai desaparecer em 2023) que consistia numa votação online em que os fãs determinavam que três pilotos recebiam um reforço de energia no carro durante 5 segundos.
A partir de 2023, a Fórmula E vai estrear um novo regulamento, e com as novas regras chega o carro “Gen 3”, a terceira geração do carro do campeonato. É caracterizado por velocidade de ponta superior a 320 km/h e acima de tudo, por ser o primeiro carro de corridas no Mundo a atingir o “net zero”, ou seja, a não acrescentar mais camadas de dióxido de carbono à atmosfera do que aquelas que absorve. Um marco histórico para a missão de demonstrar as potencialidades desportiva dos automóveis elétricos.
São sinais claros de que em apenas 8 edições, a Fórmula E tem mostrado uma excelente capacidade de se renovar, de se manter na vanguarda da renovação sustentável do desporto automóvel.
The NEOM McLaren Formula E contender is here. Bring on 2023! ⚡️????#NMFE #NEOMxMcLaren #NEOM pic.twitter.com/O4cLXQL4Ki
— NEOM McLaren FE (@McLarenFE) November 30, 2022