Para este ano de 2022, a Fórmula E trouxe uma nova forma dos pilotos se qualificarem para as provas. Uma fase eliminatória, com quartos de final, meias finais e final. Qualificações que sempre foram o calcanhar de Aquiles da categoria.
A teoria é “simples”: os 22 pilotos são divididos em dois grupos (A e B) consoante o resultado no campeonato. Depois de divididos, os pilotos tentam fazer o melhor tempo possível. Só passam aos quartos de final os oito melhores, quatro de cada grupo.
Para os quartos de final, serão separados em quatro grupos, sendo o primeiro tempo do grupo A vs quarto tempo do grupo B (A)/ 2.°A vs 3.°B (B)/ 3.°A vs 2.°B (C)/ 4.°A vs 1.°B (D). Os pilotos têm somente uma volta para fazerem um bom tempo, e melhor que o seu rival.
O processo repete-se nas meias-finais, com os quatro melhores tempos a competirem para avançarem para a final. A eliminatória fica com 1.°A vs 1.°B / 1.°C vs 1.°D.
Encontrados os finalistas (ex: 1.°A vs 1.°D), os pilotos têm mais uma volta, com cerca de 250kW, para lutarem pela pole position. O melhor tempo consegue o primeiro lugar, sendo igual para o segundo, terceiro e quarto lugares. A partir dos quartos de final, serão os tempos feitos que ditarão a ordem de saída para a corrida.
Pode-se conferir melhor a explicação no vídeo colocado abaixo, este com a duração de um minuto da própria Formula E.
Everything you need to know about our all-new qualifying format ahead of the #DiriyahEPrix double-header this weekend! 👀⚡️
— ABB FIA Formula E World Championship (@FIAFormulaE) January 27, 2022
Pode ser confuso no papel, mas depois de ver a qualificação ao vivo e acompanhar todo o movimento do dia, o espectador começa a entender a volta que isto dá. O objetivo principal é dar mais emoção não só à corrida, com grelhas de partida que podem espantar, mas também à própria qualificação, que terá os pilotos mais rápidos a lutarem pela pole e consequentemente pela vitória.
Durante o fim de semana das primeiras duas rondas do campeonato, viu-se que este método tem o efeito referido acima – ter os pilotos mais rápidos na frente e existir a ansiedade de perceber quem vencerá a corrida. Ao mesmo tempo, torna a vida difícil a quem está mais para trás e não consegue chegar a posição de pontos, pódios ou vitórias.
Ainda é cedo para uma conclusão certa, mas se quiserem juntar os mais rápidos lá à frente, acabaram por se esquecer de quem está mais atrás. E isso não deveria acontecer, tendo em conta as mudanças que, por exemplo, estão a ser feitas na categoria rainha para tentar aproximar os carros do fim do pelotão ao mais rápidos e dar mais ação à corrida.
Foto de Capa: Formula E
Artigo redigido por Ana Catarina Ventura