Meeke, assim ainda matas alguém

    Cabeçalho modalidadesJá estavam todos a festejar a vitória de Kris Meeke, quando o britânico “decidiu” ir fazer uma gincana num parque de estacionamento, que fez suar muita gente e ainda dar uma réstia de esperança a Ogier em vencer no México. Mas não, Meeke perdeu apenas uns 20 segundos com a brincadeira e conseguiu vencer.

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    Foi a primeira vitória da temporada para Meeke, e apenas a quarta da sua carreira – todas em provas de terra. Poucos esperavam este resultado. A Citroen estava a ser a equipa mais fraca, tirando Craig Breen os pilotos não estavam a corresponder, o próprio Meeke tinha apenas dois pontos no campeonato, mas o certo é que no México tudo se conjugou para uma brilhante e merecida vitória, tendo estado em primeiro desde que o rali começou a sério, ou seja, desde sexta.

    No fim do meu artigo sobre o Rali da Suécia tinha feito estas previsões:

    Latvala vence, Neuville faz segundo e Ogier fecha o pódio, com Tanak a dar muita luta na procura do pódio.

    Ainda antes do rali começar já sabia que Latvala nao ia vencer. O piloto da Toyota veio ainda antes da prova dizer que este seria o rali mais difícil do ano para a equipa nipónica – devido à altitude do evento – e a verdade é que assim foi, pelo menos para já. Latvala foi sexto e Haninnen foi sétimo, o segundo homem da Toyota também finalmente conseguiu terminar nos pontos e chegou mesmo a ser líder do rali ao vencer a primeira super especial espetáculo, super especial esta que deu muita polémica, mas já lá vamos.

    No que resta da minha previsão acertei nos nomes, mas não na ordem. Ogier foi o segundo e Neuville terceiro, ficando Tanak em quarto. Ogier com este segundo lugar subiu à liderança do WRC; já Neuville é outro piloto que finalmente consegue terminar nos pontos. O belga já podia ter duas vitórias no bolso, mas os azares e a aselhice assim não ditaram, para terem uma noção, Neuville é o piloto que ganhou mais especiais (16) e que esteve mais tempo na liderança (durante 22 classificativas), mas só agora conseguiu terminar uma prova sem problemas.

    A Hyundai é a única equipa que ainda não venceu Fonte: WRC
    A Hyundai é a única equipa que ainda não venceu
    Fonte: WRC

    Indo agora à polémica sobre a super especial, apenas deixar uma nota rápida começando por explicar o que se passou para os mais desatentos. Devido à celebração dos 200 anos de independência do México a prova foi à capital fazer duas especiais espetáculo, até aí tudo bem, mesmo com os 400 km de distância, afinal nós também já começamos no Algarve viemos a Lisboa e voltamos ao Algarve; agora as duas primeiras especiais de sexta feira serem anuladas porque os carros não chegaram a tempo a León (centro nevrálgico do rali) é do mais amador possível; é muito mau para a organização e espero que a FIA não permita que aconteçam mais coisas deste género.

    Mas voltando aos ralis, que é o que interessa. Em três ralis temos três marcas diferentes a vencer e a que não venceu já o mereceu por duas vezes. Temos um campeonato como há muito não víamos e que será até ao fim certamente; é assim que todos nós gostamos e esperávamos faz muito tempo. Incerteza em quem vai ganhar num leque de vários pilotos e não só de dois ou três.

    Para terminar apenas dizer que o próximo rali começa a 6 de abril e é o mítico Tour de Corse,. Será a primeira prova de asfalto a 100% no que será um novo desafio para os novos WRC de 2017. As minhas apostas vão para a vitória de Ogier, Neuville a ficar em segundo e Sordo a fechar o pódio. Latvala e quem sabe Tanak irão dar muita luta ao espanhol – e aos dois senhores da frente – e não seria surpreendente se me baralhassem estas contas.

    Foto de capa: Kris Meeke

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    Rodrigo Fernandes
    Rodrigo Fernandeshttp://www.bolanarede.pt
    O Rodrigo adora desporto desde que se lembra de ser gente. Do Futebol às modalidades ditas amadoras são poucos os desportos de que não gosta. Ele escreve principalmente sobre modalidades, por considerar que merecem ter mais voz. Os Jogos Olímpicos, por ele, eram todos os anos.                                                                                                                                                 O Rodrigo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.