Molhado? Seco? Desisto, levo pneus mistos

    A sexta ronda do Campeonato de Portugal de Ralis levou os carros até Castelo Branco. Juntamente com o CPR, esta prova organizada pela Escuderia Castelo Branco também juntou o pelotão da Peugeot Rally Ibérica, competição que viu a sua primeira ronda em asfalto.

    Tal como na ronda anterior, a meteorologia teve um papel extremamente importante neste rali. Chovia, secava e depois chovia. Pilotos e equipas levavam pneus de chuva, o piso estava seco, peso molhado, pneus de piso seco. Uma autêntica lotaria.

    Armindo Araújo e Luís Ramalho chegavam na liderança do campeonato após vitória na ronda anterior. Novidades neste rali foi a inclusão do Citroen C3 R5 de José Pedro Fontes que teve a sua estreia em asfalto no território português. No antigo carro de José Pedro Fontes estava o espanhol Pepe López. O espanhol, para quem não sabe, é um produto da Peugeot Rally Academy, acostumado ao carro “rival” da PSA, o Peugeot 208 T16 R5. Este rali foi o seu primeiro do ano e foi o primeiro numa máquina diferente na sua carreira, apesar do Citroen DS3 R5 ser semelhante ao Peugeot 208 T16 R5. João Barros voltava ao CPR com o seu Ford Fiesta R5 e desta vez era navegado por António Costa, que na ronda anterior tinha pilotado um Peugeot 208 R2.

    Pepe López pilotou pela primeira vez o Citroen DS3 R5 e deu-se muito bem com o “irmão” do Peugeot 208 T16 R5, ao qual está mais habituado
    Fonte: Escuderia Castelo Branco

    No primeiro dia de rali o destaque vai para o espanhol Pepe López. Habituado a competições como o FIA ERC, este liderou o rali até à super-especial citadina no centro de Castelo Branco, onde um erro de percurso fez com que a penalização, que no meu ver continua a ser dura e a FPAK deveria rever este regulamento, fosse de 3m e que este caísse para 16º na geral.

    Neste primeiro dia, onde a chuva marcou presença em alguns troços, viu João Barros continuar com um ritmo muito elevado, conseguindo até ganhar a super-especial. Ricardo Teodósio e José Pedro Fontes também mostraram grande ritmo, numa luta que perdurou até à última classificativa. Assim, o primeiro dia terminava com José Pedro Fontes a liderar, Ricardo Teodósio na segunda posição e João Barros num surpreendente terceiro lugar. Armindo Araújo, que tinha falhado na escolha de pneus no início do rali, encontrava-se na quarta posição, enquanto o seu adversário mais próxima no campeonato, Miguel Barbosa, encontrava-se na quinta posição, após um dia mau, que culminou com um pião na super-especial. Pedro Meireles era sexta e não parecia estar muito confiante com o carro.

    José Pedro Fontes mostrou a competitividade do novo modelo da marca francesa. O Citroen C3 R5 portou-se muito bem em asfalto
    Fonte: Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting

    Segundo e último dia do rali de Castelo Branco viu os pilotos correrem em seis classificativas. Mais uma vez, o piloto espanhol Pepe López voltou a dominar, lutando com José Pedro Fontes pela vitória em cada classificativa. Assim, o espanhol conseguiu acabar o rali em sétimo da geral. No CPR, a luta aquecia entre José Pedro Fontes e Ricardo Teodósio (Skoda Fabia R5). Os pilotos chegaram à última classificativa separados apenas por 3.8s.

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