O mundial de motociclismo continua na sua gira asiática e desta feita foi o circuito de Sepang, na Malásia, a receber a elite do desporto motorizado, num grande prémio sem o português Miguel Oliveira que continua a recuperar da queda no circuito de Philip Island. Aliás, o piloto português foi operado este domingo na Áustria.
Se no fim de semana passado, Márquez era dono e senhor do asfalto, em Sepang, já não teve tanta sorte e isso foi visível ao longo dos três dias. Aliás, o piloto espanhol sofreu um grande high side no sábado e acabou por se qualificar, apenas, em 11.º.
Por outro lado, Viñales dava sinais de que poderia levar a Yamaha de regresso às vitórias e não falhou.
Se estamos habituados a finais frenéticos, em Sepang, o início também foi de loucos. Morbidelli parecia ter o primeiro posto, mas foi Viñales a ficar com o primeiro posto, enquanto Márquez era terceiro depois de roubar a posição a Dovizioso.
Rossi, Dovizioso e Morbidelli lutavam ferozmente pelo quarto lugar, mas era Viñales que tentava fugir com a liderança. Já Márquez parecia não querer deixar fugir o rival da Yamaha, mas também por lá andava Miller a dificultar-lhe a vida e a impedir que o espanhol fosse atrás do compatriota. Aliás, Miller e Márquez chegaram a tocar-se algumas vezes. Mas Dovizioso acabou por roubar o terceiro lugar a Miller, enquanto Márquez corria atrás de Viñales.
A dez voltas do final, Viñales tinha uma vantagem de 1.7 segundos sobre o rival da Honda que ia cavando o fosso para Dovizioso que lutava com Rossi pelo último lugar do pódio.
Miller acabou por perder o gás inicial e foi ultrapassado por Morbidelli e Rins, enquanto Rossi tentava a todo o custo ultrapassar o compatriota da Ducati, Andrea Dovizioso.
A quatro voltas do fim, Rossi voltou a atacar o italiano da Ducati e a luta pelo terceiro lugar era a mais intensa até ao momento, já que Viñales era líder e Márquez mostrava não ter armas para combater o piloto da Yamaha.
O Il Doctore percebeu que o terceiro lugar era inatingível e teve de se aprimorar para guardar o quarto posto, já que Rins mostrava ter uma palavra a dizer.
Até ao final, o top manteve-se assim: Viñales, Márquez, Dovizioso, Rossi e Rins. Não foi um fim de corrida à antiga, com trocas e baldrocas de posições, mas foi uma vitória importante para Viñales e também para a Yamaha que regressa ao lugar mais alto do pódio.