Antevisão GP Portugal: «Falcão» persegue Ducatis e o novo campeão

    A ANTEVISÃO: ESPERANÇA LUSITANA NA COROAÇÃO DE QUARTARARO

    O Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, recebe novamente a visita da caravana do MotoGP, para a 17.ª ronda do campeonato. Com o jovem francês Fabio Quartararo, da equipa Yamaha oficial, já coroado campeão da temporada de 2021, os motivos de interesse pré-corrida partilharam atenções com duas outras figuras carismáticas do “paddock” da categoria rainha de duas rodas.

    Em primeiro lugar, o heptacampeão Marc Márquez (Repsol Honda), que anunciou a ausência do GP de Portugal durante a semana devido a lesão na cabeça. Para o seu lugar entrava o piloto reserva da equipa japonesa, Stefan Bradl.

    E em segundo lugar, o português Miguel Oliveira. O “Falcão”, embalado na quarta-feira por uma escolta de números impressionantes durante o trajecto Almada-Portimão, retornava uma vez mais ao local da sua segunda vitória no patamar mais alto do motociclismo. O objectivo era claro: com os fãs do seu lado, tanto no pré-corrida como através de uma bancada reservada aos adeptos da casa, Oliveira tentava pôr termo a uma sequência de resultados menos positiva aos comandos da KTM oficial.

    Os primeiros sinais não foram animadores, nem para Bradl nem para Oliveira. No primeiro dia de treinos, nenhum dos dois foi além do 18.º posto no conjunto das sessões. Já Quartararo parecia determinado a que ninguém lhe estragasse o evento de consagração, sendo o piloto mais rápido em pista tanto no FP1 como no FP2 e à frente das duas Ducati pilotadas por “Pecco” Bagnaia e Jack Miller.

    Chegado o sábado de qualificação, quedas na primeira sessão para Brad Binder (Red Bull KTM), Takaaki Nakagami (LCR Honda) e ainda outros nomes como Aleix Espargaro (Aprilia), Valentino Rossi (Petronas Yamaha) e… Miguel Oliveira a ficarem pelo caminho, para desalento da “Turma 88”. Os dois lugares cimeiros, de acesso ao Q2, ficaram ocupados por Johann Zarco (Pramac) e o antigo colega de Oliveira na KTM satélite, Iker Lecuona (Tech 3).

    A luta pela “pole”, na segunda sessão, acabou por ter alguns dos “suspeitos do costume”, mas também ausências notáveis. Depois de uma queda cedo para Luca Marini (VR46 Avintia) e Jack “Thriller” Miller (Ducati) assumir a dianteira, Bagnaia “ganhou asas” e com pneu médio na frente e macio atrás fez uma volta de 1:38.725; recorde absoluto de pista e “pole position” confirmada, à frente do seu colega de equipa Miller e de um ressurgente Joan Mir (Suzuki).

    Resultados positivos para o jovem Jorge Martin (quarto) e o seu colega na Pramac oriundo do Q1 Johann Zarco (quinto), e surpresa maior, também, para a colocação final do recém-coroado campeão de 2021, Fabio Quartararo. Depois de ver uma volta invalidada por não cumprimento de bandeiras amarelas após a queda de Marini, “El Diablo” não foi além do sétimo posto na grelha de partida para a sua corrida celebratória no Algarve.

    Com três pilotos ainda com hipóteses matemáticas de assegurar o vice-campeonato, o duelo Ducati/Yamaha nos construtores separado por apenas 12 pontos e um traçado altamente desafiante, o GP de Portugal tem tudo para proporcionar um evento a não perder. A corrida terá então lugar no domingo, com início marcado para as 13:00 locais.

    Foto de Capa: MotoGP

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    Carlos Eduardo Lopes
    Carlos Eduardo Lopeshttp://www.bolanarede.pt
    Concluída a licenciatura em Comunicação Social, o Carlos mudou-se para Londres em 2013, onde reside e trabalha desde então. Com um pai ex-piloto de ralis e um irmão no campeonato nacional de karts, o rumo profissional do Carlos foi também ele desaguar nas "águas rápidas" da Formula One Management, onde trabalhou cinco anos. Hoje é designer numa empresa de videojogos, mas ainda não consegue perder uma corrida (seja em quatro ou duas rodas).