Rally Dakar | As dunas da Arábia estão de volta

O Rally Dakar está de volta. A mais dura prova de todo-o-terreno tem início e fim em Jeddah (Arábia Saudita), de 3 a 15 de janeiro, e conta com um total de 7646 quilómetros. São onze etapas, com um dia de descanso em Há’Il, a 9 de janeiro.

Somos presenteados pela prestação de Autos, Motos, Camiões, Quads, SSV e Clássicos (veículos anteriores ao ano de 2000, que competem numa prova de regularidade). São cerca de 500 participantes a percorrer as areias da Arábia Saudita.

Em 2020, Paulo Gonçalves deixou-nos, naquele que foi um ano de imensas perdas. Com a pandemia da COVID-19, muitos eventos foram cancelados, mas David Castera e a sua equipa conseguiram montar a edição de 2021 do Dakar, no segundo ano da Arábia Saudita.

A edição de 2021 traz novidades em termos de regulamentos. Para além dos novos lugares, é apresentada uma nova navegação e os moldes da prova são alterados: mais técnica, mais lenta e mais segura é o grande propósito da organização. Esta sentiu que os acidentes, os danos e as perdas até então, teriam de ser eliminadas. É impossível não recordar as perdas trágicas da passada edição, em solo saudita. Assim:

A organização decidiu entregar aos pilotos das categorias principais a informação sobre o percurso do dia apenas uns minutos antes da partida de cada etapa, evitando consequentemente que as equipas pudessem estudar o traçado ao pormenor. Os pilotos de elite recebem um tablet com a informação mapeada, transformada num “roadbook digital”. Esta medida torna a prova ainda mais competitiva pela ausência de possibilidade do estudo prévio do roadbook (utilizando tecnologias como GPS ou drones) e também mais equitativa pois, habitualmente, quem tinha acesso a esses recursos eram as equipas com maiores possibilidades financeiras;

– Pilotos vão passar a receber um sinal sonoro quando estiverem a 200 metros de zonas de mais perigo;

Nas motos, uso obrigatório de um colete com ‘airbag’;

– Pilotos de motos passam a contar com um limite de seis pneus traseiros para toda a prova;

Estas são estas as principais alterações. Esta é, sem sombra de dúvida, uma prova marcada pela introdução de novidades, que se adivinham ser para “acalmar” um pouco o risco de acidentes. Em termos da pandemia da COVID-19, pilotos, equipas e organização submetem-se ao funcionamento “em bolha” e à realização de testes, tendo já realizado quarentenas, antes do prólogo.

Em 2020 a Honda quebrou a hegemonia da KTM nas motos e com certeza que o construtor austríaco quer recuperar a vitória. Toby Price, Sam Sunderland entre outros estão a apontar ao lugar mais alto de Ricky Brabec. Kevin Benevides, Xavier de Soultrait, são outros candidatos. Quanto às cores portugueses, Joaquim Rodrigues volta na Hero para homenagear Paulo Gonçalves. O luso-português Sebastian Buhler também regressa de Hero, enquanto o Campeão Mundial de Motocross MX2 de 2009, Rui Gonçalves, faz a sua estreia no Dakar com uma Sherco. Alexandre Azinhais leva uma KTM.

Nos carros, as ‘raposas velhas’ voltam a estar no topo da lista de inscritos do Dakar. Carlos Sainz, Stéphane Peterhansel no Mini Buggy, Nasser Al-Alttyiah na Toyota, Sébastien Loeb e Nani Roma no novo BRX. Fora da luta pela vitória, Yazeed Al-Rajhi, Cyril Despres, Giniel De Villiers também vão querer lutar pelo pódio. Nas cores portuguesas, em 2020 os navegadores lusos compõe a caravana dos autos: Paulo Fiúza, Filipe Palmeiro e José Marques. Ricardo Porém volta ao Dakar com o Bogward, mas desta vez com Jorge Monteiro ao seu lado.

Nos Quads, Ignacio Casale larga as motos e vai para os camiões, sendo assim a vitória está em aberto. Manuel Andujar, Alexandre Giroud, Pablo Copetti, entre outros, vão querer ser os mais rápidos.

Nos SSV, a grande estrela do Dakar é o antigo piloto do WRC da Citroen e da Toyota, Kris Meeke. Mattias Ekstrom também estará presente no Dakar. Francisco ‘Chaleco’ Lopez volta a ser o favorito nos SSV, depois de terminar no pódio em 2020. Entre os portugueses, duas duplas: Lourenço Rosa e Joaquim Dias; Rui Carneiro e Filipe Serra.

Por fim, nos camiões, as contas há muito tempo que são simples. Kamaz traz o seu contingente russo e espera dominar nos pesos-pesados. Veremos mais à frente se a IVECO, a MAN ou a MAZ consegue fazer frente aos russos. Nos camiões, José Martins está como piloto e Nuno Forjo Silva como mecânico. No Camião #524 de Javier Jacoste/Francesc Ester Fernandez está José Rosa Oliveira. No camião #547 estão Jordi Ginesta/Marc Dardaillon e o português Armando Loureiro.

Hoje é dia de descanso no Rally Dakar, onde pilotos e equipas aproveitam para recuperar forças antes da primeira etapa Maratona, entre Ha’il e Sakaka com 471 km cronometrados, já no próximo domingo.

Foto de Capa: Rally Dakar

Artigo redigido por David Pacheco e Helena Escaleira

Redação BnR
Redação BnRhttp://www.bolanarede.pt
O Bola na Rede é um órgão de comunicação social desportivo. Foi fundado a 28 de outubro de 2010 e hoje é um dos sites de referência em Portugal.

Subscreve!

Artigos Populares

Já há onzes oficiais para o Santa Clara x Varazdin da Conference League

Já são conhecidos os onzes iniciais para o Santa Clara x Varazdin, da segunda-mão da segunda pré-eliminatória da Conference League.

Famalicão confirma Rafael Venâncio como reforço

Rafael Venâncio é reforço confirmado pelo Famalicão. O defesa-central brasileiro de 19 anos deixou o Corinthians.

Diogo Dalot destaca continuidade de Bruno Fernandes e elogia Ruben Amorim: «Ele é muito bom a extrair o melhor de cada jogador»

Diogo Dalot falou após o triunfo do Manchester United frente ao Bournemouth, numa partida referente à Premier League Summer Series.

Atenção, Benfica: Anis Hadj Moussa renova com o Feyenoord até 2030

O Feyenoord anunciou a renovação do contrato com Anis Hadj Moussa. O avançado argelino estava na mira do Benfica.

PUB

Mais Artigos Populares

Al Nassr de Jorge Jesus e Cristiano Ronaldo está em conversações para contratar defesa-central do Bayern Munique

O Al Nassr quer um novo defesa-central e Kim Min-jae é o eleito pelo clube da Arábia Saudita para a nova temporada. O central sul-coreano está no Bayern Munique.

Cláusula de rescisão de Franjo Ivanovic no Benfica vai baixar no último ano de contrato

Franjo Ivanovic vai ter uma cláusula de rescisão fixada nos 100 milhões de euros. No entanto, no último ano de contrato passará a 60 milhões de euros.

Benfica detalha todos os pormenores da contratação de Franjo Ivanovic

Franjo Ivanovic é o mais recente reforço do Benfica. Águias detalham todos os pormenores no comunicado enviado à CMVM.