Começa domingo (dia 5) mais uma edição do Rally Dakar e novamente fora de África. Vamos para o sexto ano seguido de Rally Dakar na América do Sul (este ano na Argentina, Bolívia e Chile), o que, para mim, não faz qualquer sentido. O rali deveria voltar às suas origens, de forma a recuperar a mística que tinha. As questões de segurança não se levantam, já que neste espaço de tempo se tem corrido no continente africano a África Eco Race, uma prova semelhante ao percurso do rali original. Mas, abandonando o local da prova e focando os pilotos – com maior destaque para os portugueses –, penso que este pode ser um ano histórico para o nosso país, podendo finalmente ter um vencedor. São 15 portugueses em prova; sete competem nas motas, seis nos carros (duas equipas completas e dois copilotos de pilotos estrangeiros) e dois nos camiões (correm em equipas diferentes e não são o piloto principal), sendo que apenas nos quads Portugal não tem representantes.

Fonte: motoraid.com.br ; lusomotores.com ; lusomotores.com
É nas motas que Portugal tem mais hipóteses de sair campeão, depois de três pódios nos últimos três anos (Hélder Rodrigues foi 3º, em 2011 e 2012, e Ruben Faria 2º, em 2013). O objetivo passa por vencer a prova para três dos nossos candidatos. Vamos, então, falar dos pilotos portugueses que vão disputar o rali. Comecemos pelo segundo classificado do ano passado, Ruben Faria, que vai usar o número oito. O piloto de Olhão é chefe de fila no Team Red Bull KTM, equipa vencedora das 12 últimas edições. Depois de desempenhar o papel de aguadeiro durante alguns anos para Cyril Després, o português espera poder lutar pela vitória. Com o número sete, temos Hélder Rodrigues. O lisboeta, que, desde 2006, termina no top 10 da prova, e depois do 7º lugar na temporada passada, vai tentar lutar pelo triunfo com a nova Honda e como chefe de equipa. Na mota número 10, temos o Campeão do Mundo Paulo Gonçalves, igualmente com uma Honda. O piloto de Esposende também sonha com a vitória e a verdade é que tem todas as condições para a obter, depois de um ano de 2013 de alto nível, sendo o seu ponto mais baixo o 10º lugar no Dakar.

Fonte: asphaltandrubber.com; autoevolution.com; dipcas.es; deportes.terra.cl
Na luta pela vitória, nas motas, estarão ainda mais quatro pilotos, dois deles os vencedores das últimas oito edições. Cyril Despres venceu por cinco vezes a prova, incluindo as duas últimas. O francês, este ano, vai correr na Yamaha, depois de vários anos na KTM. Marc Coma já ganhou por três vezes e espera este ano chegar à quarta vitória, aos comandos de uma KTM. Além deles, há ainda Joan Barreda e ‘Chaleco’ Lopez – o primeiro em Honda, e o segundo em KTM. Voltando aos portugueses, com a placa 36 vai Mário Patrão. O campeão nacional de Enduro nos últimos seis anos vai fazer a sua segunda participação na prova, ao comando de uma Suzuki. Depois do 30º lugar do ano passado, o objetivo passa por terminar no top 20. O número 44 é Pedro Oliveira, que volta ao Dakar depois do 26º posto de 2011, ao volante de uma Speedbrain. Finalmente, com os números 49 e 53, temos o Team Biachi Prata. Na mota 49 vai Victor Oliveira, que vai fazer a sua estreia na prova, depois de o ano passado a ter falhado por lesão. Pedro Bianchi Prata está na 53, e pretende lutar por um top 15. O piloto do Porto terminou todas as suas seis participações tendo como melhor resultado o 30º posto, por três vezes. Os dois pilotos conduzem uma Husqvarna.

Fonte: lusomotores.com ; lusomotores.com ; bianchiprata.com; 16valvulas.wordpress.com/
Por hoje fico por aqui, amanhã falo sobre as restantes três categorias em disputa nesta edição do Rally Dakar, com especial destaque aos portugueses.
P.S: Neste dia do seu 45º aniversário desejo as melhoras ao Schumi.