Depois de algum tempo afastado por ter estado de férias, volto a escrever sobre desportos motorizados. Vou voltar a escrever sobre Miguel Oliveira, que, segundo rumores, está de saída da Mahindra.
Segundo o próprio piloto de Almada – o único português a competir no MotoGP –, a saída da equipa indiana deve ser para a Red Bull KTM Ajo. Trata-se da equipa líder deste ano na Moto3, com Jack Miller, e que já venceu em 2010 (na então categoria 125cc) com o espanhol Marc Marquez – atual campeão do mundo e líder do campeonato. A equipa também ganhou em 2012, com o alemão Sandro Cortese. Esta equipa, portanto, parece ser um passo em frente em relação à sua atual, que não conseguiu acompanhar a qualidade do piloto.
No início da temporada e em entrevista feita ao Bola na Rede, o piloto disse que o objetivo era lutar pelo pódio e tentar ser vencedor do Moto3; como já disse num artigo de junho, quando li estas declarações não acreditei em que tal fosse possível e, infelizmente, cada vez mais tenho razão neste meu pensamento. Ocupa atualmente o nono lugar no campeonato, quando faltam sete grandes prémios (GP) para o seu fim. Apesar de ainda poder melhorar a sua classificação e melhorar o sexto lugar do ano passado, os objetivos do início da temporada não serão atingidos.
O discurso do almadense, a mim, parece-me ser o adequado. Miguel diz numa peça que li num dos jornais da nossa praça que é preferível dar este passo para uma equipa de topo dentro do Moto3, em vez de passar já para o Moto2. Concordo totalmente com este discurso e penso que é o pensamento certo. Sem ter qualquer conhecimento de quais as equipas que entraram em contacto com Miguel, acredito que estas sejam equipas mais fracas do pelotão e que o iriam fazer andar a arrastar-se pelas corridas. Continuando no Moto3, e como ele muito bem diz, se a temporada de 2015 correr bem, as propostas para 2016 dentro do Moto2 serão melhores, o que por seu turno lhe daria um melhor lançamento para a tão almejada subida ao escalão principal.
Espero que este rumor, que se pode considerar oficial, seja mesmo verdade e que o Miguel finalmente consiga mostrar todo o seu valor, pois realmente é muito bom. As motos é que não têm conseguido acompanhar o seu valor. Assim, 2015 tem mesmo de ser o ano, se não corre o risco de não conseguir chegar ao nível que merece.