Evans vence Rali de Portugal em mais uma desilusão da Hyundai

    O Rali de Portugal faz parte da mobília na história do WRC. Após a prova de estreia no campeonato (Croácia), o rali regressou a terreno bem conhecido. A quarta prova é uma das principais da competição, existindo desde a sua criação em 1973, sendo esta a 54.ª edição.

    O rali em terras lusitanas, é muito diferente das provas que compõem o mundial, sendo o primeiro rali em gravilha, da temporada. Aqui, não há hegemonia de pilotos, nem de equipas, tanto que nos últimos cinco anos houve cinco vencedores distintos, de cinco equipas distintas. (2015- Jari-Matti Latvala; 2016- Kris Meeke; 2017- Sébastien Ogier; 2018- Thierry Neuville; 2019- Ott Tänak).

    Fonte: Rafael Ferreira / Bola na Rede

    A prova é um clássico, num país de adeptos fervorosos do WRC, o que faz com que seja um dos ralis preferidos de muitos pilotos, que se sentem muito bem recebidos, aliando a hospitalidade portuguesa com a beleza das nossas cidades e, claro, com as nossas estradas.

    A verdade é só uma: em Portugal, em zonas próximas da disputa do rali, quem tem oportunidade de ir, não pensa duas vezes! Quem está longe e é apaixonado, vai na mesma! Somos um país que dança ao som dos ralis.

    Um dos motivos pelos quais a DGS permitiu a presença de público em alguns troços, com regras estabelecidas (e muito apertadas, ao ponto de que poderia ser possível anular ou desviar troços para zonas onde não houvesse público, caso as medidas sanitárias não fossem cumpridas), já que as pessoas iriam aparecer, com autorização ou não, principalmente depois do cancelamento da competição em 2020 devido à pandemia da Covid-19. Ainda assim, surgiram elogios internacionais que preveem a possibilidade de continuidade do Rali de Portugal na competição.

    O rali realizou-se no norte/centro do país, onde se encontram os locais icónicos das classificativas de Fafe e Arganil, contou com 20 classificativas e cerca de 337,51 km, sendo considerado por muitos como “o melhor rali do mundo”.

    Quem o venceu, foi Elfyn Evans, garantindo a quarta vitória na sua carreira no Campeonato do Mundo de Ralis da FIA.  O galês superou a deceção da sua última derrota, por tão pouco (0,6segundos), no Rali da Croácia e ocupou o segundo lugar na classificação de pilotos, ficando a dois pontos do seu colega de equipa, Sébastien Ogier (Toyota Gazoo Racing).

    Evans conquistou o primeiro lugar de Ott Tänak (Hyindai i20), depois de este se ter aposentado, aquando do seu incidente que lhe valeu a suspensão partida. Ott Tänak estava à frente do galês por seis segundos no início de sábado. Tänak apresentava uma performance irrepreensível. Curiosamente, o dano do seu carro seria extremamente semelhante ao dano do carro de Thierry Neauville e ambos tiveram o mesmo fim: aposentaram-se. O incidente de Tänak significava que Evans assumia uma liderança da qual, certamente, não iria desistir, mesmo perante a disputa acesa com Sordo, no passado sábado.

    Fonte: Rafael Ferreira / Bola na Rede

    Perante o receio de ficar, novamente, aquém do título, acabou por avançar no teste de velocidade que abriu a manhã de domingo, para obter a sua vantagem sobre Dani Sordo. Acabou por vencer o espanhol por 28,3 segundos. Em declarações ao Dirtfish, Elfyn Evans disse: “É uma sensação boa. Não fomos talvez a equipa mais rápida este fim de semana, mas ainda assim, tivemos um bom ritmo, evitámos problemas e fizemos o suficiente para manter o Dani para trás hoje. Esta vitória vem em boa altura, estou feliz por ganhar este rali”.

    A realidade é que Elfyn Evans, ao lado de Scott Martin, tiveram um desempenho excelente, na última manhã desta edição do Rali de Portugal, de forma a garantir uma vitória agradável.

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    Helena Escaleira
    Helena Escaleirahttp://www.bolanarede.pt
    Natural de Macedo de Cavaleiros, a Helena frequenta a licenciatura em Ciência Política na Universidade Do Minho. É fã de desportos motorizados e considera que o Bola na Rede é perfeito para conciliar desporto com o gosto pela escrita. A sua admiração por carros surge desde muito cedo e, como não nega uma atividade desafiante, quer abraçar este projeto que tem tanto para lhe oferecer.                                                                                                                                                 A Helena escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.