Sediada na cidade de León, a terceira prova do WRC é “mexicana” e satisfaz as vistas dos pilotos que passam pelas paisagens deslumbrantes das montanhas da Sierra de Lobos e da Sierra de Guanajuato. A emoção da competição mantém-se ao logo do tempo, no entanto, esta sofreu pequenas alterações por questões de saúde pública e não foi a única.
A rápida propagação do COVID-19 pelo Mundo obrigou a novas medidas aplicadas no decorrer da competição. O Rali do México, terceira prova do calendário do Mundial de Ralis de 2020, findou de forma antecipada. A decisão foi tomada pelos organizadores do Rali do México, em conjunto com a FIA e anunciada por Patrick Suberville, diretor da prova.
Não existindo nenhuma situação de emergência no México, a tomada de decisão foi justificada com particular incidência nas questões das restrições de tráfego aéreo, cada vez mais frequentes nos países afetados, pelo que a organização pretendeu assegurar o regresso a casa dos profissionais do Mundial de Ralis e também pelo contexto geral numa situação em que o mundo se encontra em estado crítico. As classificativas agendadas para o domingo não foram cumpridas, assim o evento teve fim com a especial 21 e, por isso, acabaram por não ser atribuídos os cinco pontos extra, respeitantes à “power stage”.
As provas de rali são bastante complexas pelo facto de serem realizadas em países diferentes, em terrenos diferentes, em cidades diferentes e em zonas diferentes. A prova de que falo começou, na quinta-feira à noite, com uma cerimónia de partida pelas ruas de Guanajuato. Na sexta-feira, as estradas conhecidas da cidade são percorridas com os trechos de El Chocolate, Ortega e Las Minas. A especial icónica da prova tem o nome de “El Chocolate”. O troço de 31,57 km de sexta-feira é o segundo mais longo do rali e atinge uma altitude não inferior a 2.650 metros.
Sébastien Ogier, Ott Tänak, Elfyn Evans e Teemu Suninen são os nomes da ribalta, mas quem se destacou na “prova mexicana” foi o francês Ogier, levando consigo o título de vitória nesta que foi a terceira fase da competição com um tempo de 2h47m47,6s.
Elfyn Evans e Thierry Neuville participaram no Rally Guanajuato México empatados no número de pontos, mas o facto de ter obtido o terceiro lugar na competição em Monte Carlo fez com que Evans liderasse o pelotão neste evento. Ficava a dúvida se esta situação acabaria por ser vantajosa para Evans ou se Neuville iria surpreender. No final, foi o primeiro quem mostrou liderança sobre Neuville, superando os tempos no shakedown do Rally Guanajuato México.