Ah, e não nos podemos esquecer que com o Caso Ricardinho/José María García já tinha deixado esta casa perto de ter curto circuito – onde os jogadores não acharam correto deixar o número dez de fora – e, por isso, podia ter encontrado uma casa em chamas e então aí concluiríamos o nosso trabalho a 100%. Contudo ainda não aconteceu, deste modo, continuaremos a trabalhar.
Como deu para perceber, houve jogadores a irem para clubes rivais em Espanha como Bebé, Marlon e Gadeia (se bem que será só em 2021) e que conhecem bem as debilidades desta casa, mas nada temam. Pois, o trabalho (de piorar a casa) foi bem feito. Cecílio (ex-UD Levante), Eric Martel, Dani Saldise (ex-Osasuna Magna), Lucas Tripodi (Ribera Navarra) e Boyis (ex-FC Barcelona) vieram para reforçar a equipa, e apesar de terem números interessantes estão longe de serem “massa” para tapar os buracos de algumas saídas ou preparados para serem alicerces nesta casa. É a realidade.
🚨 @DaniSaldise vestirá la camiseta de #MovistarInterFS durante las próximas dos temporadas
Deseando disfrutar del espectáculo del navarro a la vuelta de vacaciones👏🏻👏🏻
¡Bienvenido a tu nueva casa crack!😉
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Dani Saldise terá a difícil herança do número “dez” de Ricardinho
Com a pandemia, à priori sabíamos que não íamos ter um grande orçamento, mas também para quê? O Inter Movistar FS, atual campeão espanhol, tem de definir bem a sua política de construção ou então em que pilares se vai apoiar, pois só tem uns três ou quatro e sabemos que não é o suficiente se se quer lutar por todas as frentes. Sem esquecer que os rivais, principalmente o Barcelona, continuam a surpreender com as suas contratações.
A aposta na formação será, provavelmente, o grande trunfo da grande maioria dos clubes por essa Europa fora e o Inter Movistar não será diferente. É verdade que Pola, Pito, Borja Torres e Jesús Herrero vão continuar no clube (pelo menos, ainda não há confirmação do contrário), contudo, é pouco para um clube que vai ambicionar por tanto na próxima época. Por isso, se a situação não se reverter e os madrilenos não se reforcem bem teremos um cenário totalmente catastrófico. Usando a analogia ao longo do texto, a casa irá facilmente desabar e não será só por uma época, mas por várias.
Sempre quis fazer isto… vamos olhar para o Antes e para o Depois. Antes: temos um clube bem financeiramente, cheio de títulos nacionais e europeus, com um plantel de luxo e com pilares bem sustentados e um ambiente incrível. E agora esta é a nova casa: jogadores certamente com medo que aconteça novo incidente como o de Ricardinho; sinceramente um plantel pouco virado para os títulos; uma herança pesada difícil de dar continuidade e um ambiente financeiro e de balneário completamente horrível.
E é assim que chegámos ao fim do episódio de Querido, Fiquei Sem Equipa e deixámos, sem dúvida, uma casa da pior forma.
Foto de Capa: Inter Movistar FS