A CRÓNICA: FASE DE GRUPOS 100% VITORIOSA VALE BILHETE PARA A PRÓXIMA FASE DO EUROPEU
Portugal carimbou a passagem à próxima fase do europeu de futsal, garantindo o primeiro lugar do grupo A com três vitórias em três jogos. No entanto, que não se pense que o jogo foi fácil, muito pelo contrário. A seleção portuguesa teve pela frente uma Ucrânia muito bem posicionada na quadra e com uma estratégia muito bem delineada pelo seu treinador Aleksandr Kosenko. Sem margem para dúvidas, até agora, Portugal teve frente à seleção ucraniana o seu jogo mais difícil na competição.
Assistiu-se a um excelente jogo de futsal na Arena MartiniPlaza, com duas equipas a praticaram um jogo muito rápido, cheio de emoção, ritmo elevado e, como se costuma dizer na gíria futebolística, com “bola cá, bola lá”. Na primeira, parte a seleção campeã da Europa e do Mundo teve algumas dificuldades em conseguir penetrar na defesa bastante compacto do adversário, que defendia praticamente nos últimos 10 metros da quadra. Ofensivamente a seleção das quinas mostrava-se muito pouco dinâmica, fazendo com que os jogadores ucranianos se sentissem bastante confortáveis na sua marcação e que impedissem Portugal de chegar a zonas mais avançadas de finalização. Os movimentos de fora para dentro de Pany Varela acabaram por ser os movimentos que mais desconcertavam a defesa contrária. O lance de maior destaque acabou mesmo por pertencer à seleção de leste, quando Cherniavsky, aos 5 minutos de jogo, atirou a bola ao poste da baliza de André Sousa.
🇺🇦🆚🇵🇹 Who’s on top?#FutsalEURO pic.twitter.com/dezamZD8lW
— UEFA Futsal (@UEFAFutsal) January 28, 2022
Já na segunda parte, os primeiros 10 minutos de jogo foram idênticos à primeira parte, com um ritmo elevado, com algumas chances de perigo de parte a parte e, principalmente, com Portugal a apresentar maiores dinâmicas ofensivas. Foi perto dos 10 minutos finais de jogo que o selecionador ucraniano, em busca da vitória que desse maiores certezas na passagem da Ucrânia à próxima fase, colocou o guarda-redes avançado. No entanto, foi Portugal a chegar à vantagem no marcador, aos 37 minutos, com o incansável Zicky Té a encontrar o caminho para as redes adversárias. Nos minutos finais, André Sousa esteve a um grande nível com duas enormes defesas que impediram o empate ucraniano.
Com este resultado, Portugal assegurou o primeiro lugar do grupo A com 9 pontos e, desta forma, irá defrontar a Finlândia, segunda classificada do grupo B, na próxima segunda-feira, dia 31 de janeiro.
A FIGURA
Zicky Té – Tal como no passado jogo frente aos Países Baixos, o jovem pivot da seleção apresentou-se a um bom nível nesta partida. Uma grande exibição que vai muito apara além do golo (da vitória) marcador. Incansável na hora de assistir os colegas e dar mais profundidade à equipa. Menção honrosa a André Sousa que esteve bastante sólido na baliza portuguesa, com um bom par de defesas.
O FORA DE JOGO
Zvarych– Numa grande partida de futsal como a que se viu em Groningen é difícil escolher um elemento que esteve menos bem. A escolha recai sob Zvarych, não por ter feito uma partida má, mas por não ter estado ao nível dos jogos anteriores. Com três golos marcados na competição, o jogador ucraniano tem sido a estrela da equipa na competição e, neste jogo, não conseguiu manter o nível exibicional já apresentado.
ANÁLISE TÁTICA – UCRÂNIA
A seleção ucraniana apresentou-se para este jogo com uma estratégia bem definida. No momento do jogo defensivo, os ucranianos colocavam-se nos últimos 10 metros da quadra e com um posicionamento muito fixo, causando muitas dificuldades a Portugal para criar oportunidades de perigo. Na parte ofensiva o jogo da seleção de leste pode-se resumir a uma palavra: pragmatismo. Sempre com transições muito perigosas e, no máximo, com 2/3 toques na bola, a Ucrânia chegava à baliza de André Sousa, conseguindo criar algumas ocasiões de calafrio para os portugueses.
5 INICIAL E PONTUAÇÕES
Tsypun (7)
Cherniavsky (6)
Korsun (6)
Shoturma (6)
Zvarych (6)
SUBS UTILIZADOS
Lebid (6)
Siryi (6)
Abakshyn (6)
Zhurba (6)
ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL
Jorge Braz, à imagem dos últimos 2 jogos da fase de grupos, começou com um 4-0, sem a presença de um pivot. Na primeira parte, tanto Zicky Té como Erick funcionaram como uma espécie de pivot móvel, mas que se mostrou pouco eficaz. Na segunda parte, Zicky Té apresentou-se muito mais como um pivot tradicional que, na minha opinião, é a estratégia com que Portugal pratica o seu melhor futsal.
5 INICIAL E PONTUAÇÕES
André Sousa (7)
Erick (6)
João Matos (6)
Bruno Coelho (6)
Pany Varela (6)
SUBS UTILIZADOS
André Coelho (6)
Tomás Paçó (6)
Afonso Jesus (6)
Fábio Cecílio (6)
Zicky Té (7)
Miguel Ângelo (6)
Tiago Brito (6)
Pauleta (6)
Foto de Capa: Seleção Portugal
Artigo redigido por Tiago Miguel