Em desvantagem, o Óquei era a equipa mais perigosa no ringue. Era a partir dos sticks de Luís Querido e Reinaldo Ventura que o Barcelos conseguia criar mais perigo, muito através de seticadas de meia/longa distância. Todavia, o guarda-redes portista respondia bem e mantinha os dragões na frente. Por outro lado, o conjunto de Guillem Cabestany optava por um jogo mais cerebral, circulando a bola sem criar grande perigo para a baliza de Ricardo Silva. Apenas em situações de contra-ataque, que eram raras, conseguia pregar mais sustos à equipa da casa.
À entrada para os últimos dez minutos de jogo, o Barcelos beneficiou de novo lance de bola parada, desta feita de uma grande penalidade. Foi Reinaldo Ventura, antigo capitão portista, o escolhido para marcar o penalti. Contudo, Nélson Filipe fez uma grande defesa e, com a caneleira esquerda, voltou a evitar o 2-2. Todavia, cerca de dois minutos depois, o Óquei conseguiu chegar ao empate, em virtude de uma bela jogada coletiva, onde Miguel Vieira “Vieirinha”, ele que recentemente voltou a ser apontado ao Benfica, assistiu Hugo Costa para o 2-2.
Com o novo empate no jogo, o Barcelos manteve o bom momento e, galvanizado pelo público, foi à procura de passar, pela primeira vez, para a frente do marcador. A procura por novo golo resultou na 15ª falta do Porto, que teve origem numa falta de Hélder Nunes ao tentar travar Luís Querido, numa saída para o contra-ataque.
O “Rei” Reinaldo Ventura voltou a ser o escolhido para bater o livre-direto. Primeiro, começou por simular uma seticada direta e depois, ao ver o lado da luva esquerda de Nélson Filipe aberto, foi para aí mesmo que enrolou a bola, colocando pela primeira vez no jogo o Barcelos na frente do placard.
A faltarem poucos minutos para o terminus da partida, o terceiro golo do Óquei mexeu imenso com o jogo e o Porto, na ânsia de recuperar a bola, cometeu um erro fatal. Numa jogada de ataque, não reparou que o Barcelos defendia apenas com três e após uma recuperação de bola da parte de Ventura na tabela de fundo, o próprio colocou a bola em Zé Pedro, que estava sozinho na área contrária com Nélson Filipe, que fez o 4-2 no jogo.
Apesar do quarto golo do Barcelos, o Porto não baixou os braços e, a trinta e quatro minutos do fim, beneficiou da 15ª falta do Óquei. Tal e qual como no livre-direto da 10ª falta, Hélder Nunes não desperdiçou e reduziu para 4-3, o que dava origem a suspense para os últimos vinte e oito segundos. No entanto, nada mais aconteceu e o Barcelos acabou mesmo por vencer o encontro.
Vitória justa do Barcelos que, na minha opinião, foi melhor que o Porto, que numa altura crucial, onde vencia por 1-0, tentou aproveitar lances de contra-ataque, que raramente ocorreram, para tentar aumentar a vantagem e ir à procura do 2-0. Por sua vez, o Barcelos, depois de conseguir chegar ao 2-2, não se ficou por aí e foi à procura da felicidade, ou seja, dos três pontos, o que conseguiu conquistar.
Na próxima jornada, que decorrerá a meio da semana devido às competições europeias, o Barcelos viaja até Oliveira de Azeméis para defrontar a Oliveirense, enquanto o Porto antecipou o seu jogo e, em vez de jogar dia 22, joga já na próxima quarta-feira, em casa, contra a Juventude de Viana.
Foto de capa: Barcelos Popular
Artigo revisto por: Francisca Carvalho