FC Porto 9-6 SL Benfica: Chuva de golos para a vantagem portista

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    A CRÓNICA: DEPRESSA E BEM, HÁ POUCO QUEM

    A final do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins continuava, mas, desta vez, de volta ao Dragão Arena. Depois de uma vitória do FC Porto por 5-0 em casa e uma vitória do SL Benfica por 3-0 na Luz, a série estava empatada. Este terceiro jogo serviria muito para ativar a força anímica das equipas e ambas sabiam que, também este duelo, poderia dar muitas das respostas que precisavam.

    À semelhança do primeiro jogo caseiro, o FC Porto entrou praticamente a vencer. Carlo di Benedetto mostrou que gosta de resolver as coisas cedo e, em segundos, marcou o primeiro golo dos dragões. Gonçalo Alves esteve na assistência e o ressalto no stick de Diogo Rafael ajudou à festa.

    Aos sete minutos o FC Porto voltou a mostrar o porquê de estar a vencer e por cima do jogo. Xavi Barroso, sem qualquer tipo de pressão, rematou de forma indefensável para Pedro Henriques. Aqui começou o jogo de contra-resposta.

    Na resposta ao golo de Xavi Barroso, apareceu Pablo Alvarez a rematar para o primeiro golo das águias, sem qualquer tempo a perder. Mas, com a velocidade da luz que o rumo levou, Ezequiel Mena marcou imediatamente o terceiro golo portista.

    O ambiente estava a ferver, quer na bancada, quer na quadra. As formações sabiam para o que vinham e estavam a demonstrar isso mesmo. Os dragões estavam mais ofensivos, mas as águias mostravam vontade de se aproximar do resultado.

    A nove minutos do final da primeira parte, voltaram os golos. Gonçalo Pinto picou a bola sobre Xavi Malián e reduziu a vantagem portista para apenas um golo. Permaneceu assim até ao intervalo.

    Não havia tempo para respirar. Tal como na primeira parte, os primeiros segundos estavam reservados a um golo do FC Porto. Desta vez, foi Ezequiel Mena a abrir o segundo tempo.

    Gonçalo Alves foi chamado ao serviço para bater o livre direto, mas foi inconsequente. Na transição, foi Gonçalo Pinto a sentenciar a jogada. Sozinho e sem pressão, o jogador das águias voltou a diminuir a vantagem dos dragões para apenas um golo.

    Mas, rapidamente, a vantagem se tornou nula. Segundos depois, foi Pablo Alvaréz a voltar a fazer o gosto ao stick. Com assistência de Carlos Nicolía, o clássico no Dragão Arena estava empatado nos primeiros cinco minutos da segunda metade.

    Numa jogada coletiva, Pol Manrubia efetuou uma passe que rompeu a defesa portista e Gonçalo Pinto fez o seu hat-trick e foi a primeira vez no encontro que o SL Benfica esteve por cima do resultado. Se bem que o hóquei é bonito por ser tão imprevisível e tão rápido que Reinaldo Garcia brindou o pavilhão com um golo sobre Pedro Henriques.

    A reviravolta chegou. Com pouco menos de onze minutos para o final, Xavi Barroso deixou a sua marca novamente, com o sexto golo portista. O SL Benfica voltou a adormecer e os dragões aproveitaram para assumir o posto. No meio de tanto golo e goleador, surgiu Telmo Pinto a inscrever o seu nome na lista, que correu para abraçar Xavi Malián depois do golo. O jogador português deu “a voltinha” à baliza de Pedro Henriques e concretizou sem medo. Era o sétimo do FC Porto e o 12.º do jogo.

    A vantagem continua a consumar-se e Reinaldo Garcia voltou a marcar. A tranquilidade que o FC Porto demonstrava nas transições ofensivas levou a isto de forma tranquila. A apreensão benfiquista na defesa foi facilitadora para esta vantagem azul e branca.

    O treinador das águias, Nuno Resende, tremia agarrado à cabeça. A pressão era constante vinda de todo o lado, tanto sobre o banco como a equipa no terreno e isso transparecia nos jogadores. O FC Porto chegou à décima falta e Carlos Nicolía teve a hipótese de encurtar a vantagem no livre direto – não conseguiu, mas o livre foi repetido e, aí, contou. Estava feito o 8-6.

    A pouco mais de dois minutos do final, Pablo Alvaréz viu cartão azul e as esperanças das águias eram cada vez mais remotas. Carlo di Benedetto foi chamado ao livre direto e converteu para o nono golo dos dragões e sentenciou o encontro. O FC Porto sai do Dragão Arena com a vitória sobre o SL Benfica por 9-6 e leva vantagem na final do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins por 2-1. As decisões passam, agora, pela Luz.

    A FIGURA

    Carlo di Benedetto – Era possível atribuir uma nota valente à toada ofensiva portista, mas Carlo di Benedetto foi daqueles que mais se destacou. Um potenciador nato no ataque que ajudou em muito à qualidade das transições do FC Porto. Nota, também, para Gonçalo Pinto, do SL Benfica, pelo seu hat-trick e a tentativa de não deixar o jogo morrer.

    O FORA DE JOGO

    Passividade do SL Benfica A pressa é inimiga da perfeição, mas, por vezes, a passividade também. Este foi o pecado capital do SL Benfica neste terceiro encontro frente ao FC Porto. Os golos marcados pelas águias podem dizer muito, mas não dizem tudo.

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    A vantagem madrugadora no marcador permitiu a que a equipa do FC Porto jogasse em ataque apoiado e criar muitos desequilíbrios na partida. A tranquilidade dos azuis e brancos transpunha-se na forma como se mostraram ao jogo.

    5 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Xavi Malián (7)

    Xavi Barroso (8)

    Ezequiel Mena (8)

    Gonçalo Alves (6)

    Carlo di Benedetto (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Reinaldo Garcia (7)

    Telmo Pinto (7)

    Rafa (6)

    ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA

    As águias sentiram dificuldade, mais uma vez, em criar perigo à baliza do guardião portista. Eram privilegiadas as jogadas individuais ao invés do ataque apoiado. Os erros apareciam e eram aproveitados pelo FC Porto. Notava-se alguma apreensão nas transições ofensivas, bem como alguma passividade na defesa.

    5 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Pedro Henriques (6)

    Diogo Rafael (6)

    Carlos Nicolía (7)

    Edu Lamas (6)

    Gonçalo Pinto (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Pablo Alvaréz (7)

    Pol Manrubia (7)

    Poka (6)

    Foto de Capa: Paulo Ladeira / Bola na Rede

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    Andreia Araújo
    Andreia Araújohttp://www.bolanarede.pt
    A Andreia é licenciada Ciências da Comunicação, no ramo de Jornalismo. Depois de ter praticado basquetebol durante anos, encontrou no desporto e no jornalismo as suas maiores paixões. Um dos maiores desejos é ser uma das vozes das mulheres no mundo do desporto e ambição para isso mesmo não lhe falta.