Terceiro Período: Nunca é tarde.
Nada na vida é fácil, que o diga Jeff Glass que esperou até aos 32 anos para alcançar aquilo que aos 19 achava ser o seu destino. A seleção que representou o Canadá nos Campeonatos Mundiais de Juniores de 2005 é considerada uma das melhores de sempre, tendo dado a conhecer muitos jogadores que são hoje figuras de proa na NHL, como por exemplo Sidney Crosby, Patrice Bergeron, Ryan Getzlaf, Corey Perry e Shea Weber. Na baliza estava Jeff Glass que, ao contrario da esmagadora maioria dos seus colegas de seleção, tomou o caminho mais longo para chegar ao palco maior da modalidade.

Fonte: NHL
Glass não comprometeu, vencendo todos os jogos em que foi titular, incluindo a final que valeu uma medalha de ouro que os canadianos não ganhavam desde 1997. Infelizmente para ele, foi escolhido no draft pelos Ottawa Senators que, na altura, tinham três guarda-redes bem estabelecidos. Glass não se conseguiu afirmar e acabou por se mudar para a KHL, onde fez sete temporadas. Em 2016, decidiu regressar à América do Norte, onde encontrou o seu espaço na AHL, primeiro à experiência nos Toronto Marlies e depois definitivamente nos Rockford Ice Dogs, a filial dos Chicago Blackhawks. A lesão de Corey Crawford levou à sua chamada à equipa principal e a titularidade veio com naturalidade, no segundo jogo de um back-to-back.
Aos 32 anos, 12 anos depois da medalha de ouro no Campeonato Mundial de Juniores, o sonho de Jeff Glass materializou-se. Estreou-se na NHL, com a camisola dos Blackhawks frente aos Edmonton Oilers. A equipa de Chicago venceu por 4-3. Glass fez 42 defesas e foi a primeira estrela da partida, tornando-se no segundo guarda-redes mais velho desde 1967 a vencer o seu jogo de estreia.