15 derrotas depois… Vitória!

    cab Rugby

    Foi ao fim de quinze derrotas consecutivas – e três etapas do circuito mundial – que Portugal conquistaria as suas primeiras (duas) vitórias.

    Inserido num grupo difícil, que incluía Nova Zelândia, Austrália e Canadá, Portugal iniciou a aventura de Sidney com partidas frente à equipa da casa, os Wallabies, e frente aos All Blacks.
    Os jogos seriam semelhantes e Portugal perderia de forma clara em ambos – 7-24 frente à Austrália, com ensaio de Adérito Esteves e conversão de Pedro Leal, e 5-40 ante a Nova Zelândia, com ensaio de Adérito Esteves – após acumular os erros do costume: ineficácia defensiva e falta de entrosamento – o que, frente a potências do rugby mundial, se paga caro. É de destacar que Adérito Esteves atingiria o seu ensaio número 100 frente aos All Blacks – o português, nascido em São Tomé em Príncipe, já marcou mais de 500 pontos em jogos a contar para o Circuito Mundial de 7s!

    A etapa ficou marcada pelo ensaio número cem de Adérito Esteves Fonte: World Rugby Sevens Series
    A etapa ficou marcada pelo ensaio número 100 de Adérito Esteves
    Fonte: World Rugby Sevens Series

    De seguida viria a primeira vitória dos Linces nesta edição do Circuito Mundial: depois de uma pesada derrota frente ao Canadá no passado fim-de-semana – na altura Portugal perderia por uma diferença de 35 pontos – os Linces, que até sairiam para o intervalo a perder, entraram cheios de garra na etapa complementar e deram a volta ao resultado após um show de jogo à mão, para gáudio das bancadas. Para a História ficará um excelente 26-17 a favor dos portugueses, após ensaios de Tiago Fernandes (dois), Vasco Ribeiro e Miguel Lucas (e duas conversões a cargo de João Belo, e outra por Pedro Leal).

    No segundo dia de competição Portugal mediria forças com o Japão, nos quartos-de-final da Bowl. A primeira parte ditaria um duelo bastante equilibrado, com Portugal a marcar através de Vasco Ribeiro e Adérito Esteves (conversão do último ensaio por Pedro Leal) e a sair para o intervalo com uma igualdade no marcador: 12-12. No segundo tempo os Linces acelerariam os processos de jogo e os nipónicos não conseguiriam acompanhar o ritmo. Primeiro, Miguel Lucas a fazer o toque de meta, com Pedro Leal a completar com uma transformação, e logo de seguida João Belo a marcar – no espaço de um minuto! – dois ensaios e a converter um deles. 31-17: estava garantida mais uma vitória lusa, a segunda na etapa.

    Com a vitória frente ao Japão, Portugal garantiu as meias-finais da Taça Bowl, tendo pela frente a Samoa. Foi então que alguns erros lusos voltariam a aparecer, os Linces falhariam vários lances atacantes, perdendo oportunidades flagrantes de ensaio, e não iriam além de um 14-10 – com ensaios de Pedro Leal e Adérito Esteves – a favor dos samoanos. Samoanos esses que em nada foram superiores à equipa portuguesa, muito menos em termos de fair-play, aquela que deveria ser a maior virtude do rugby… E a qual a equipa da Samoa não soube respeitar.

    A etapa ficou marcada pelas primeiras vitórias de Portugal no circuito e pelo ensaio número 100 de Adérito Esteves, mas é hora de destacar, também, o extraordinário crescimento de jovens atletas como é o caso de João Belo, Miguel Lucas, Vasco Ribeiro e Tiago Fernandes, que têm consolidado a sua qualidade com grandes exibições – um sinal de que, apesar de alguns jogos menos bem conseguidos, este deverá continuar a ser o caminho a seguir.

    A Nova Zelândia venceu mais uma etapa, ao derrotar a selecção da Austrália na final da Cup numa partida frenética: os Wallabies estiveram sempre na frente do marcador, mas um ensaio de Rieko Ioane, um minuto depois do tempo de jogo, entregou a taça aos All Blacks.

     Foto de Capa: @Pedro Leal

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    Ana Cristina Silvério
    Ana Cristina Silvériohttp://www.bolanarede.pt
    A Ana Cristina é uma apaixonada pelo mundo do desporto. Do futebol ao Rugby, passando pelo ténis e pelo surf, gosta de assistir a quase todo o tipo de desportos, mas confessa que lhe dá um prazer especial que os atletas enverguem um leão rampante na camisola.                                                                                                                                                 A Ana não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.