Trump arrancou forte e passou boa parte do encontro na frente do marcador. Esteve a vencer por 4-1, 7-3 e 11-9, por exemplo. Mas, por muito desfavorável que seja o resultado, nunca se pode dar o jogo como encerrado quando do outro lado está um senhor chamado John Higgins. Tal como acontece com Ronnie O’Sullivan e Mark Williams, os anos parecem não passar por Higgins. Estes três começaram a carreira há mais de 25 anos e ainda aí estão no topo do snooker mundial.
Após o 11-9, festejado por Trump de modo efusivo, Higgins esteve a um nível incrível, venceu três frames consecutivos, colocando o jogo num 12-11 a seu favor. Trump recuperou e empatou o encontro a 12, levando para a negra o jogo mais esperado destes Quartos-de-Final. Aqui notou-se o respeito mútuo dos jogadores e a pressão existente em cada tacada.
Acabou por acontecer o mais lógico, Higgins, muito mais experiente nestas andanças (foi o sexto encontro de Higgins no Crucible que foi resolvido na negra, com cinco vitórias a favor do escocês), acabou por lidar melhor com a pressão e vencer o encontro por 13-12, apurando-se para as Meias-de-Final da competição pela nona vez e continuando na luta para vencer novamente o título que já conquistou em quatro ocasiões (1998, 2007, 2009 e 2011). Já Trump, aos 28 anos, volta a ver adiado o sonho de ser campeão do mundo.
Nas Meias-de-Final, que se iniciam já esta Quinta-Feira, John Higgins defronta Kyren Wilson e Mark Williams enfrenta Barry Hawkins, em jogos à melhor de 33 (vence o primeiro a conseguir conquistar 17 frames).
Artigo revisto por: Rita Asseiceiro