Mas não falámos apenas do panorama do ténis a nível nacional: o momento de forma de Djokovic, o “renascimento” de Rafael Nadal e também o escândalo das apostas foram outros dos temas em discussão nesta entrevista.
BnR: Atualmente, qual é o teu jogador favorito?
F.G.: Neste momento, é o Djokovic. Sempre adorei o Federer e admirei muito o Nadal. Mas o Djokovic é o mais completo. Acho que está a fazer um excelente trabalho. Sobre o Federer, apesar de estar a trabalhar bem, está já um bocadinho em queda. Relativamente ao Nadal, vejo-o a querer muito, mas tem pouco conhecimento à volta dele. Eu não quero estar a dizer mal do Toni Dele, mas poderiam contratar alguém para se juntar à equipa para dar algo diferente. Muitas vezes não é só vontade, é preciso saber fazer as coisas. Na altura em que ele explodiu, se calhar a vontade fazia a diferença. Agora, não chega só a vontade.
BnR: Achas que o Djokovic pode ameaçar o recorde de títulos conquistados do grand slam do Federer?
F.G.: Acho que sim. Vai ser muito difícil, mas é possível.
BnR: Recentemente veio a lume um alegado escândalo de combinação de resultado. Já referiste que chegaste a ser abordado. É prática comum no circuito isso acontecer?
F.G.: Sei que existem casos, mas não sei mais do que isto. Hoje em dia, com toda a tecnologia, há muita gente por detrás das casas de apostas.
BnR: A diferença entre o circuito ATP e o Challenger promove isso?
F.G.: Eu não acho que promova. Não consigo colocar-me na pele das pessoas que fazem isso. Correr o risco de colocar toda a minha carreira em causa por causa de uma certa quantia de dinheiro… Quer dizer, não faz sentido. Agora, há imensas solicitações e há um mundo inteiro de apostas e negócios à volta disso. O desporto é para ser jogado e vivido.
Foto de capa: Millenium Estoril Open