A temporada de terra batida conheceu em Madrid a sua penúltima grande paragem antes de Roland-Garros. Se em Monte-Carlo “El Toro” Rafael Nadal se superiorizou a toda a concorrência, em Madrid o cenário acabaria por se repetir. Num ano tenístico que se trata de um verdadeiro regresso ao passado, com Roger Federer e Rafa Nadal a apresentarem um significativo ascendente sobre toda a concorrência, o tenista maiorquino renovou e reforçou a sua candidatura à conquista de “La Decima” na capital francesa.
Mas começando pela vertente feminina, sem as melhores tenistas do circuito WTA em competição (Serena Williams e Victoria Azarenka) a temporada tem sido pródiga em surpresas. Seria expectável que, pese embora tenha vindo a apresentar-se aquém das expetativas, Garbiñe Muguruza pudesse regressar aos grandes triunfos na superfície que, pela agressividade do seu jogo, mais a favorece.
Contudo a espanhola, que continua a atravessar um mau momento, foi contundentemente eliminada por Timea Bacsinszky logo na primeira ronda do torneio, deixou uma pálida imagem do seu ténis, e pareceu colocar-se numa posição de “não favorita” à conquista de Roland-Garros, torneio que conquistou na temporada passada. Assim sendo, em Madrid quem mais brilhou foram mesmo Simona Halep e Kristina Mladenovic.
Se a romena parece ter dado um pontapé na crise, a francesa demonstrou estar a atravessar um grande momento em terra batida, repetindo a final alcançada há 15 dias no Porsche Tennis Grand Prix. Numa final bem disputada, a consistência no fundo do court de Simona Halep sobrepôs-se à maior agressividade de Mladenovic e culminou num regresso da romena à conquista de grandes títulos.
Porém, ambas as tenistas deram boas indicações e, face ao mau momento de Angelique Kerber e de Garbiñe Muguruza, à inconsistência de Karolina Pliskova, e à busca de Maria Sharapova pelo seu melhor ritmo de jogo, estas parecem mesmo colocar-se “na pole position” para a conquista de Roland-Garros.